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Evite os erros cometidos por Jennifer Aniston na hora de alisar o cabelo

Após uma progressiva malsucedida, Jennifer Aniston não teve outra alternativa a não ser cortar os cabelos e eliminar boa parte dos fios que ficaram comprometidos pela química agressiva - Reuters/Reprodução
Após uma progressiva malsucedida, Jennifer Aniston não teve outra alternativa a não ser cortar os cabelos e eliminar boa parte dos fios que ficaram comprometidos pela química agressiva Imagem: Reuters/Reprodução

Simone Ota

Do UOL, em São Paulo

20/01/2014 08h00

No fim do ano passado, a atriz Jennifer Aniston, dona de uma das cabeleiras mais copiadas no mundo há duas décadas, contou à revista "Elle", do Reino Unido, que foi obrigada a cortar o cabelo acima dos ombros para reparar os danos causados por uma “progressiva brasileira”. A atriz não deu mais nenhuma pista mas, pelo tamanho do estrago, especula-se que tenha usado algo à base de formol. A substância, que está proibida para uso cosmético no Brasil desde 2009 por causa do potencial cancerígeno, deixa os fios lisos, brilhantes e com caimento natural nas primeiras semanas. “Mas com o passar do tempo, o ativo destrói a camada que protege a fibra capilar e agride o couro cabeludo, podendo provocar irritação, descamação, coceira, aumento da oleosidade, quebra e até queda dos fios”, avisa a dermatologista Carolina Ferolla, de São Paulo. Para fugir dessa cilada, os especialistas entrevistados pelo UOL Beleza listaram os cinco principais cuidados que Jennifer Aniston deveria ter tomado antes, durante e depois de alisar os fios:

1. Contar para o cabeleireiro todos os tratamentos químicos feitos nos últimos dois anos. “Isso é importante porque algumas substâncias são incompatíveis e, por isso, fragilizam ainda mais a fibra capilar. Além disso, quanto mais saturado de química o fio estiver, mais sensível ele ficará depois do alisamento”, avisa o cabeleireiro Divino Fernandes, da rede de salões Jacques Janine.

2. Certificar-se de que seu cabeleireiro sabe tudo sobre fibra capilar, o produto que pretende usar e as técnicas de aplicação. Segundo o cabeleireiro Wesley Nóbrega, do Studio W Higienópolis, em São Paulo, sem esse conhecimento o profissional não consegue avaliar a resistência e o melhor ativo alisante para o seu cabelo e se há necessidade de tratar o fio ou dar um intervalo maior antes de aplicar qualquer química.

3. Pedir para ler o rótulo do produto. “Vale lembrar que o formol tem vários nomes, como formalina, formaldeído, metanal, aldeído metílico e óxido metileno”, alerta o farmacêutico e cosmetólogo Maurício Pupo, de Campinas (SP). Na dúvida, procure pelo registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária na embalagem e verifique no site www.anvisa.gov.br se o produto está liberado para uso. “É aconselhável também optar por marcas conhecidas ou que esteja acostumada a usar; e desconfie se o preço cobrado pelo cabeleireiro estiver muito abaixo do mercado”, completa Maurício Pupo.

4. Exigir um teste de mecha. “Ele é que vai dizer se os fios vão resistir ou não à química e por quanto tempo. Geralmente, essa análise é feita num tufo de cabelo próximo à nuca, pois se algo der errado fica mais fácil disfarçar”, conta Wesley Nóbrega.  

5. Ficar atenta a cheiros irritantes ou que causem náusea. O farmacêutico Maurício Pupo afirma que mesmo que o fabricante adicione fragrância ao produto não tem como disfarçar o odor forte do formol. “Sentir queimação na região da mucosa nasal é outro sinal da presença da substância”, completa.

Quando a tesoura é a melhor solução

A atriz Jennifer Aniston cortou o cabelo dois dias depois de ter feito a escova progressiva. Segundo o cabeleireiro Wesley Nóbrega, essa é a saída mais rápida para eliminar os efeitos colaterais, como pontas espigadas e quebradiças e fios esticados, ásperos e com aparência plastificada. “O comprimento acima dos ombros adotado pela atriz é o preferido das mulheres porque permite manter o cabelo ajeitado com uma escova, mas isso não quer dizer que o restante do comprimento não esteja detonado também”, lembra o profissional do Studio W Higienópolis.

Estratégias menos drásticas

O cabeleireiro Divino Fernandes, do salão Jacques Janine, afirma que qualquer cabelo danificado pela progressiva pode ser recuperado. “Mas vou logo avisando à cliente que isso pode demorar de três a seis meses e consumir entre R$ 200 e R$ 380 por mês.” Ele lembra que cada caso exige uma solução diferente. Para contornar a perda de brilho, a elasticidade e a maciez, por exemplo, ele indica tratamentos à base de aminoácido, queratina e lipídeo a cada 20 dias. Já se o problema for o endurecimento do fio, primeiro, o profissional remove o excesso de produtos e só depois parte para as sessões quinzenais de hidratação profunda. “Agora, se houve queimadura, é importante devolver os pigmentos ao cabelo aos poucos, acalmar o couro cabeludo e, pelo menos uma vez por semana, oferecer uma nutrição à fibra capilar”, diz Divino Fernandes, que recomenda ainda redobrar os cuidados em casa. São eles:

● utilizar xampu, condicionador e máscara específicos para a recuperação dos fios;
● lavar a cabeça, no máximo, duas vezes por semana;
● nunca dormir com o cabelo úmido;
● não sair de casa sem aplicar reparador de pontas e leave-in com filtro solar;
● maneirar no uso de chapinha, babyliss, secador e elásticos de cabelo;
● durante a fase de recuperação, evitar molhar os fios no mar ou na piscina ou ficar mais de duas horas num ambiente com o ar condicionado ligado;
● desembaraçar os fios diariamente com um pente de madeira com os dentes largos.

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