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Depilação em casa ou na clínica? Veja prós e contras de cada método

Dos métodos caseiros mais comuns, a cera é o que proporciona resultados mais duradouros - Thinkstock
Dos métodos caseiros mais comuns, a cera é o que proporciona resultados mais duradouros Imagem: Thinkstock

Carol Salles

Do UOL, em São Paulo

29/01/2014 08h00

Depilação: impossível escapar desse hábito secular (dizem que até Cleópatra tinha seus truques para se livrar dos pelos indesejados). Hoje, são muitos os métodos disponíveis. No entanto, é impossível afirmar qual é o melhor – todos têm seus prós e contras, e o que vale é escolher o que melhor se adapta à sua rotina e ao seu bolso. Um ponto de partida pode ser definir se prefere se depilar em casa, com cera, lâmina o creme, ou em um consultório dermatológico, com luz intensa pulsada ou laser. Conheça melhor cada método e escolha o que mais lhe convêm.
 
Em casa:

- Cera depilatória
A grande vantagem deste método é que retira os pelos da raiz – ou seja, demoram mais para crescer. A cera quente é menos dolorida que a fria, pois dilata os poros e os fios saem com mais facilidade. Só que deve ser evitada por quem tem varizes. A fria – por não precisar de aquecimento - é mais fácil de ser usada em casa. Pode ser feita em qualquer parte do corpo, inclusive em áreas mais delicadas, como buço e sobrancelhas.

No dia anterior à depilação, vale fazer uma esfoliação para eliminar células mortas e facilitar o processo. No dia, evite o uso de cremes, óleos ou qualquer produto cosmético nos locais que serão depilados. Tome um banho morno antes, que também ajuda a dilatar os poros. No dia seguinte, use cremes calmantes e cicatrizantes, com ativos como aloe vera e rosa mosqueta. “Para evitar pelos encravados, evite o uso de roupas muito apertadas”, indica Natasha Costa, coordenadora técnica e fisioterapeuta do The Spa, em São Paulo.

- Lâmina
É o método preferido das adeptas da depilação caseira. Rápido, prático e barato, pode ser feito no banho em apenas alguns minutos. As grandes desvantagens são que o pelo volta a crescer logo (às vezes até no dia seguinte) e que a pele pode ficar ressecada. Isso porque a lâmina, junto com o pelo, retira também o manto hidrolipídico, camada de água e gordura que protege a superfície da pele. Por isso, o método só é indicado para quem costuma manter uma rotina de hidratação. “Nunca use lâmina numa pele já ressecada”, aconselha a dermatologista Edislene Viscardi, de Blumenau (SC). Outra dica para evitar o ressecamento da pele e pequenos cortes, é só usar a lâmina sobre a pele lubrificada, com espumas específicas para isso ou sabonetes. A vantagem das espumas é que elas ajudam a hidratar e deixam a pele mais macia após a depilação. Pode ser feita em pernas, virilha ou axilas. Evite raspar rosto ou braço.

- Creme depilatório
“É o melhor método para depilar pelos do rosto, como buço, por exemplo, pois não causa flacidez como a cera nem o risco de machucar, como a lâmina”, diz a dermatologista Daniela Lemes, da Slim Clinique, no Rio de Janeiro (RJ). Por outro lado, pode não ser tão prático para grandes áreas, como perna, ou para quem tem pelos grossos. Sua aplicação é bem simples. Basta espalhar o produto com a espátula que vem junto e aguardar o tempo de pausa indicado na embalagem. Por fim, deve-se retirar o creme com uma toalha umedecida. O creme possui princípios ativos capazes de “dissolver” o pelo. No entanto, eles não são eliminados na raiz, o que torna o método parecido com a lâmina – eles voltam a crescer rapidamente. Só que a pele não sofre tanto desgaste quanto com a lâmina, já que os cremes trazem agregados às suas fórmulas princípios hidratantes.

No consultório

- Laser
De todos os métodos existentes, esse é, sem dúvida, o mais caro (uma sessão custa em média R$ 700, e são necessárias cerca de 4 a 6, com intervalos de 30 a 40 dias). No entanto, suas grandes vantagens são resultados mais eficientes se comparados à luz intensa pulsada (leia abaixo) e mais duradouros do que qualquer outro método. O laser emite um único feixe de luz, cujo comprimento de onda é específico para atingir seu alvo – a raiz do pelo. O calor gerado pela luz destrói o bulbo. As desvantagens são que o método não funciona para pelos brancos ou muito clarinhos (pois a luz é atraída pela melanina da raiz, inexistente em pelos brancos) e, dependendo do tipo de aparelho, não pode ser usado em peles bronzeadas ou negras. “Existe um aparelho chamado Soprano que atua de maneira um pouco diferente e pode sim ser usado com segurança para depilação em peles negras. Mas o processo é um pouco mais lento”, explica Daniela Lemes. Além disso, o método não é definitivo.  Um ou dois anos depois, em média, cerca de 10 a 20% dos pelos volta a crescer, porém mais finos. Por isso, o método requer manutenção. “Muitas vezes, uma sessão apenas, como manutenção, basta”, completa a médica. Outra desvantagem é ser um processo que envolve, sim, algum nível de dor. Por fim, é imprescindível buscar um médico de confiança, para evitar o risco de queimaduras.

- Luz Intensa Pulsada (LIP)
Assim como o laser, a tecnologia também age destruindo o bulbo piloso. No entanto, por ter vários comprimentos de onda diferentes, seu foco não é tão preciso quanto o do laser. Por isso, é especialmente indicada para pelos mais finos – embora possa ser usada também para os mais grossos e escuros. A vantagem é ser mais barato que o laser (embora necessite de mais sessões, o que pode acabar dando na mesma na conta final). “Além disso, geralmente a LIP dói menos que o laser, por ser um tratamento menos agressivo”, diz a dermatologista Daniela Petri, de São Paulo (SP). A sessão custa, em média, R$ 400 – embora esse valor varie bastante de acordo com a área a ser depilada. São necessárias cerca de 8 a 10 sessões. A grande novidade nessa tecnologia são os aparelhos de uso caseiro. Eles prometem uma redução de 50 a 80% dos pelos depois do tratamento, e são aprovados pela Anvisa. Custam entre R$ 1.700 e R$ 3 mil.