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Gwyneth Paltrow usa solução com prata para detox; conheça o ingrediente

Por Carol Salles

Do UOL, em São Paulo

23/01/2015 07h00

O conceito de detox chega aos cosméticos e a prata --não a cor, mas o metal-- é o ingrediente da vez. Suas propriedades antibacterianas e antissépticas são exploradas há séculos, mas o ingrediente só ganhou os holofotes agora, após a atriz Gwyneth Paltrow declarar que, em seus voos, costuma borrifar uma solução de prata coloidal (partículas que não podem ser vistas a olho nu) em torno de si mesma e no assento, para eliminar germes.

E essa é apenas uma das facetas do material, capaz de matar os micro-organismos nocivos, que costumam contaminar a pele. “Por isso, ela purifica a face e também é muito útil em tratamentos contra a acne, caspa e mau cheiro nas axilas ou nos pés”, diz o farmacêutico Maurício Pupo, de Campinas (SP). O dermatologista Jardis Volpe, de São Paulo, completa: “A prata também é anti-inflamatória. Por isso, costumo prescrever para pacientes com rosácea --doença inflamatória da pele cuja característica mais marcante é a vermelhidão na face ou até no corpo-- ou para acalmar peles sensíveis. Observei também uma melhora muito boa na aparência dos poros abertos”, completa.

Como usar?

No Brasil, ainda são pouquíssimos os produtos que contêm prata em sua fórmula. Os manipulados, contudo, são bem comuns. É possível, inclusive, formular uma versão de água termal com prata micronizada (partículas minúsculas) --similar à usada pela atriz Gwyneth Paltrow. “Dá para guardar na geladeira e usar de duas a três vezes por dia”, indica Volpe. Peça para o seu dermatologista receitar a fórmula ou procure os produtos em sites estrangeiros que entregam por aqui.

Cuidados

Embora a prata, em sua forma micronizada e em doses baixas, não apresente riscos nem contraindicações, os especialistas recomendam que se evite o uso do metal em forma de nanopartículas. Elas são tão pequenas --menores do que as micronizadas-- que podem penetrar na pele e entrar no organismo. “Como qualquer metal, existe o receio de ser absorvido pelo corpo e isso pode ter um impacto no organismo. De qualquer maneira, o objetivo é tratar a superfície da pele, então ela não precisa penetrar para ser eficiente”, diz o dermatologista Jardis Volpe.

Quem tem alergia a brincos, relógios, colares, pulseiras ou outros objetos feitos com o metal, pode ficar tranquilo: a reação alérgica, geralmente, é em relação aos metais que dão a liga, como o cobalto e níquel, e não à prata em si. Seja qual for o seu caso, no entanto, consulte o seu dermatologista antes de investir em um cosmético à base de prata.