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Cabelos coloridos estão em alta; veja dicas de quem já adotou o visual

Shâmia Salem

Do UOL, em São Paulo

15/05/2015 12h49

O que você faria se estivesse em casa, colorindo o cabelo com anilina do jeitinho que sua amiga ensinou ou viu em um tutorial e, de repente, os fios começassem a espumar e soltar fumaça, como se estivessem fervendo? Ainda que você não queira pensar nessa possibilidade, é bom saber que ela existe. “Já ouvi muitos relatos iguais a esse aqui no salão. Algumas pessoas optam pela anilina, porque a cor dura mais do que a coloração fantasia, mas é preciso lembrar que não se trata de um produto de uso capilar e, por isso, as reações são imprevisíveis”, alerta a cabeleireira Milly Olmos, proprietária do Berlin Hair, em São Paulo.

O velho truque de tingir as mechas com papel crepom e água quente é outra bomba: primeiro, por causa do risco de queimadura; segundo, porque o papel pode conter corantes que são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso cosmético e, terceiro, porque se a fibra capilar estiver muito porosa, a chance do pigmento penetrar a fundo e manchar o cabelo é grande. “Nesse caso, o barato pode sair bem caro. Afinal, podem ser necessários meses de tratamento para remover todo o pigmento e uniformizar o tom, sem contar que tudo isso fragiliza os fios”, afirma a cabeleireira e colorista Nice Cavalcante, do salão Maria Beleza, em São Paulo.

A opção mais segura
Para quem gosta de mudar a cor dos fios toda hora, mas não tem condições de ir ao salão de beleza com a mesma frequência, o jeito é apelar para as colorações fantasia que são vendidas em farmácias e perfumarias. Por serem pigmentos puros, esses produtos atuam apenas na superfície do fio. A desvantagem é que o efeito dura, no máximo, quatro semanas, desde que você maneire nas lavagens e use produtos adequados.

Apesar de ser um cosmético, o risco da coloração fantasia causar alergia ou uma intoxicação existe, mas nada que um teste de mecha não possa evitar. A parte mais complicada é fazer a descoloração com água oxigenada, que deve ser aplicada antes da cor para remover o pigmento do fio, especialmente se ele for escuro. “É importante observar qual o tom que a água oxigenada irá alcançar. Se ela deixar, por exemplo, a fibra amarelada e, na sequência, você aplicar uma coloração azul, o resultado será um cabelo verde”, diz a colorista Angélica Teixeira, do salão Ophicina do Cabelo, no Rio de Janeiro.

Para quem adorou o resultado e quer mantê-lo, a cabeleireira Milly Olmos recomenda usar xampu para cabelo colorido e não sair de casa sem aplicar um leave-in com filtro solar. “Maneirar no secador e na chapinha e, sempre que possível, fazer uma hidratação potente no salão também ajuda”, completa. Em tempo: quem deseja mudar só por um dia ou fazer um teste para ver se fica bem, pode usar spray de cor. Basta borrifá-lo nos fios. O efeito dura até a próxima lavagem e o produto não agride os fios.