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Creme encorpado ou sérum fluido? Conheça as diferenças e opções de produtos

A textura do produto não está relacionada ao poder de hidratação; entenda a diferença entre o creme e sérum - iStock Images
A textura do produto não está relacionada ao poder de hidratação; entenda a diferença entre o creme e sérum Imagem: iStock Images

Isabela Leal

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/09/2015 16h28

Um creme encorpado tem muito mais efeito hidratante e antiidade do que um sérum bem fluido, certo? Errado. A dúvida é quase unânime, mas não é a textura que define a eficácia dos cosméticos faciais.

“A consistência não está necessariamente ligada a capacidade de hidratação. A fórmula precisa ser equilibrada com agentes específicos para assim ter a propriedade de hidratar a pele. É possível formular um sérum ultra-hidratante com a fluidez da água”, explica a engenheira química Sonia Corazza, que tem uma experiência de 39 anos nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de produtos cosméticos. 

“O poder de hidratação e a capacidade de tratamento de um creme são resultados da combinação e concentração de princípios ativos em sua formulação", concorda Miriam Srzajbman, gerente de comunicação científica da marca SkinCeuticals. 

Graças à tecnologia
Atualmente o grande desafio da indústria é produzir altas concentrações de ativos com a melhor textura possível. De acordo com Corazza, há diversas tecnologias sendo aplicadas para alcançar esse objetivo. “O avanço vai desde a obtenção de ingredientes fracionados por biotecnologia até a transformação do produto final em nanômetros, substância 100 mil vezes menor que um fio de cabelo”, esclarece a especialista.

"O desafio é incorporar altas concentrações de ativos para alcançar os efeitos na pele. O sérum, por definição, é um tipo de veículo perfeito para isso. Ele permite a incorporação de altíssimas concentrações de ativos como, por exemplo, a vitamina C”, completa Srzajbman. 

Creme x sérum
Vale ressaltar que o que vai tornar um creme mais adequado que o sérum e vice-versa é o fator sensorial, isto é, a sensação agradável e de conforto do produto na pele.

Para a dermatologista Juliana Jordão, a versão cremosa é mais indicada para a pele seca, pois mantém por mais tempo a pele hidratada e reduz seu aspecto opaco. “Já os cremes mais fluidos e séruns geralmente têm um toque mais seco e, por isso, são eficazes para a hidratação de peles mistas e oleosas”, justifica a médica.

A pele madura ou envelhecida precocemente também pode ter benefícios com a textura dos séruns concentrados. “Eles funcionam como um vetor de entrega dos ativos. Como nessas condições de pele, a absorção e metabolismo dos ativos é minimizada, os produtos nesta textura agem potencializando os resultados”, opina Sonia Corazza.