Casa em Campinas produz até 60% de energia e é "ecofriendly"; entenda por quê
Os equipamentos na parede são inversores para a energia produzida pelas 11 placas fotovoltaicas (Neosolar). Os cabos elétricos carregam a eletricidade gerada a 12 volts, que após passar pela caixa maior, sofre transformação para distribuição em 110 ou 220 V
A cobertura do abrigo para as caixas d'água é feita com telhas sanduíche de alumínio, que auxiliam no isolamento térmico
Sob a jardineira lateral da casa Campinas, com arquitetura assinada por Teresa d'Ávila, há um filtro para que a água da chuva seja purificada antes de chegar à cisterna. Como a academia (ao fundo) receberia sol direto durante toda a tarde, o vidro da porta de correr recebeu película protetiora da 3M
As portas de vidro da academia receberam película 3M, que minimiza o sol forte da tarde. O ambiente foi revestido com placas de material emborrachado (feito com pneus reciclados) e, por isso, o piso é resistentes à queda dos pesos. A casa Campinas tem projeto de arquitetura assinado por Teresa d'Ávila
Devido aos grandes vãos comunicantes com a área aberta da piscina, o uso da luz artificial na academia, ao longo do dia, é totalmente dispensável. A casa Campinas tem projeto de arquitetura de Teresa d'Ávila
Um vazio sob os degraus ao lado da piscina abriga a casa de bombas, que faz funcionar um sistema de filtragem e tratamento de água. A paisagista Renata Kassis e o engenheiro agrônomo José Américo Turri trabalharam juntos no sistema de irrigação distribuído sob gramados, canteiros e vasos. O sistema é automatizado e libera o volume necessário por gotejamento, de acordo com o tipo de planta. Na casa Campinas, com arquitetura de Teresa d'Ávila, parte da água vem de reuso
A piscina da casa Campinas é revestida com pedras vulcânicas (Palimanan) e a prainha tem seixos rolados isolantes. O piso mais claro, ao redor do tanque, é feito em peças da Castelatto, compostos de material cimentício com cacos de conchas recicladas. A arquitetura é assinada por Teresa d'Ávila
Chuveiro no jardim da casa Campinas leva o mesmo revestimento da piscina, em pedras vulcânicas. O piso é isolante térmico, oferecendo conforto dos pés
Para conseguir certificações sustentáveis, qualquer revestimento é pontuado na atribuição de nota. Nada pode ter origem tóxica: assim, o painel cinza Castelatto (fundo, à dir.) é cimentício e 90% reciclado. O piso é revestido com porcelanato (Portobello) 70% reciclado e as madeiras - painel (à esq.) e mesa de centro - foram adquiridas com documentação de origem florestal. A casa Campinas tem projeto de arquitetura de Teresa d'Ávila
O ambiente que integra as salas de almoço e TV tem tom descontraído e cores vivas. A marcenaria Omni só trabalhou com madeira de origem certificada e, muito embora a casa seja bem isolada do calor, o espaço recebeu equipamento de ar-condicionado (Daikin). Arquitetura e os interiores foram planejados pela arquiteta Teresa d'Ávila
As paredes foram pintadas com tinta a base d'água e, por isso, o processo não apresenta COVs (compostos orgânicos voláteis) comuns aos materiais baseados em solvente. No jantar, as cadeiras foram estofadas com lona de caminhão reutilizada e a madeira empregada nos móveis é certificada. A casa Campinas tem projeto de arquitetura de Teresa d'Ávila
Neste banheiro, o revestimento azul, da Portobello, é de vidro. Porque o modelo de chuveiro comprado não era o mais econômico (27 L por minuto), foi necessário adaptar um redutor (13 L por minuto). A caixa de alumínio sob o chuveiro abriga um filtro-bolsa, para purificar a água que fica parada nos canos. A casa Campinas tem projeto de arquitetura assinado por Teresa d'Ávila
Embora a cozinha tivesse janelas grandes e fosse bem ventilada, a certificação sustentável avaliaria níveis de radônio no ar - elemento químico proveniente do atrito com solos rochosos e ferrosos. Por isso, a exaustão foi indispensável. A iluminação com LEDs é fria, dimerizável e setorizada e as persianas são da Uniflex. A casa Campinas tem projeto de arquitetura de Teresa d'Ávila
Na cozinha, paredes e pisos receberam porcelanato brilhante (Portobello) compostos, em parte (60%), de material reciclado. As peças de vidro, totalmente transparentes, são 100% recicladas. A casa Campinas tem projeto de arquitetura de Teresa d'Ávila
Na cozinha todos os puxadores são de alumínio, 100% reciclados e recicláveis. Os eletrodomésticos têm tecnologia "inverter" e contam com pico de tensão elétrica reduzido. As bancadas são de granito na casa Campinas, projetada pela arquiteta Teresa d'Ávila
A pia da cozinha tem um triturador de resíduos orgânicos (foto). As torneiras (Docol) têm vazão baixa, de 4,5 l a 6 l por minuto, e funcionam como "chuveirinho" alcançando maior área. A fim de lavar panelas engorduradas, a água é aquecida por um sistema de passagem alimentado pela energia produzida por placas fotovoltaicas (Neosolar)
O dormitório do pavimento intermediário conta com varanda e tem um banco de madeira com origem certificada. Em todos os ambientes externos da casa Campinas, primeira a receber a certificação LEED for Homes no Brasil, a vegetação está presente
Há torneiras em todas as varandas e em diversos pontos do jardim da casa Campinas. Todas são equipadas com filtro, na forma de uma bolsa azul de borracha, que serve para melhorar a qualidade da água que fica parada nas tubulações. O sistema hidráulico é inteiramente em polipropileno (PPP e PPR), não foram usados canos de PVC, e todos os tubos foram fixados uns aos outros por termofusão, dispensando colagens
O sistema de irrigação chega pelo fundo de cada jardineira ou vaso e a distribuição de água por gotejamento é programada segundo o tipo de planta. A casa Campinas tem projeto de arquitetura de Teresa d'Ávila e paisagismo do Studio Atrio
A caixa em madeira certificada guarda os equipamentos de ar-condicionado, mantendo-os em local fechado, mas ainda assim, ventilado. Nesta varanda da casa Campinas, muito embora o piso pareça de madeira, é porcelanato feito com material reciclado. A arquitetura é assinada por Teresa d'Ávila
O banheiro da senhora tem vaso sanitário sem caixa acoplada. A válvula utilizada, no entanto, é de duplo fluxo (Deca). A torneira para cuba é Docol e as paredes receberam pintura com tinta a base d'água. A casa Campinas tem projeto de arquitetura assinado por Teresa d'Ávila
O banheiro do senhor, na casa Campinas desenhada por Teresa d'Ávila, se diferencia pelos revestimentos: o porcelanato Portobello imita a madeira e recobre pisos e paredes. Sem brilho, o material é 68% reciclado
No banheiro do senhor, o chuveiro também conta com caixa de alumínio que abriga filtro, para o tratamento da água parada nas tubulações. A casa Campinas tem projeto de arquitetura assinado por Teresa d'Ávila
As escadarias da casa Campinas reproduzem o piso da área social, em porcelanato. A pintura recebeu uma camada de cera de carnaúba, para ganhar um efeito brilhante que reflete a luz natural e dispensa o uso de balizadores laterais, ao longo do dia
No pavimento inferior da casa Campinas, do nível de garagem, a sapateira (à dir.) serve para garantir que a sujeira fique do lado de fora. Antes de entrar na residência projetada por Teresa d'Ávila, os moradores deixam no móvel os sapatos usados no dia
Os eletrodomésticos da lavanderia da casa Campinas poupam energia, enquanto as torneiras têm vazão máxima de 4 litros por minuto. Os varais são de alumínio e podem ser reciclados, mas o granito das bancadas (assim como na cozinha), não é sustentável. A arquitetura é assinada por Teresa d'Ávila
A casa Campinas, na cidade homônima do interior de São Paulo, se divide em três pavimentos. Neste desenho é possível ver a piscina, a garagem e a lavanderia
A casa Campinas, na cidade homônima do interior de São Paulo, se divide em três pavimentos. Nesta planta estão algumas suítes e varandas
A casa Campinas, na cidade homônima do interior de São Paulo, se divide em três pavimentos. Neste desenho se concentram os ambientes de uso social e as dependências de hóspedes