Conheça três móveis clássicos que deixam a casa linda com toque 'vintage'
Móveis considerados clássicos não têm, necessariamente, uma aparência antiquada e muitos adornos. A extensão do termo abrange exemplares criados em diferentes épocas, mas que se mantêm atuais e podem ser incorporados a ambientes com estilos diversos.
Escolhemos três modelos pertencentes a séculos e origens distintas e que, apesar da idade, não perderam a força de seu design. Que tal investir em uma peça dessas para sua casa?
Clássicos versáteis
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Sofá Chesterfield
"É o colar de pérolas da decoração. Um eterno clássico", afirma o arquiteto René Fernandes. Típico de bibliotecas, o estofado cai bem em ambientes sociais e não é feito pra "se jogar". Em couro, combina com tudo, agradando desde cultuadores da tradição a roqueiros. "Se você herdar um, não se desfaça, quanto mais envelhecido, mais bonito ele fica", recomenda Fernandes. O Chesterfield é uma peça importante para a história do mobiliário. Segundo o dicionário Oxford, em 1800, o móvel era sinônimo de "sofá de couro". Não há comprovação sobre a sua origem, mas acredita-se que o primeiro exemplar tenha sido encomendado por Mr. Philip Stanhope, o 14º Conde de Chesterfield (1694-1773). Formador de opinião e "lançador de moda", o conde pediu a um artesão uma peça de mobiliário que permitisse a um cavalheiro se sentar com máximo conforto, sem que a roupa amarrotasse. O resultado foi o sofá com braços arredondados, na mesma altura do encosto, e acabamento em capitonê (por si só, outro ícone do design). De acordo com informações dadas pela London Gallery, na era vitoriana o Chesterfield foi peça-chave para salas de estar, onde senhores relaxavam enquanto suas esposas se sentavam em cadeiras de tapeçaria elaborada. Desde o século 19, o modelo é associado à psicanálise e, ao longo dos anos, os sofás Chesterfield vem marcando presença em palácios, escritórios de negócios proeminentes, hotéis, restaurantes, clubes e luxuosas casas particulares.
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Cadeiras Thonet
Com suas formas curvas e atemporais, as cadeiras Thonet (www.thonet.com.au) são clássicos que se mantém atuais. "O desenho é limpo e os modelos podem ser combinados tanto com decorações modernas quanto clássicas", assegura o designer Marcelo Sampaio Ramos. O marceneiro, construtor de móveis e industrial alemão Michael Thonet (1796-1871) desenvolveu e patenteou o processo que permitia arquear lâminas de madeira por meio do vapor. Com apoio do príncipe Liechtenstein e do arquiteto P.H. Desvignes, a família Thonet abre sua própria loja de mobiliário em 1849, em Viena (Áustria), onde desenvolveu técnicas de produção em série. Em 1853, a Gebrüder Thonet (Irmãos Thonet), como era chamada, mudou-se para instalações maiores e passou a produzir cadeiras em escala industrial. O sucesso da companhia resultou dos métodos mecanizados de produção, que permitiram vender um grande número de produtos a preços competitivos. Em 1860, o modelo mais conhecido da firma, Vienna nº14 (foto), custava menos que uma garrafa de vinho. Seu design, apesar de influenciado pelas curvas do revivalismo rococó, distingue-se pela falta de ornamentação supérflua.
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Poltrona Vanity Fair
Para o arquiteto Toninho Noronha, "por ser atemporal, a poltrona Vanity Fair combina com decorações clássicas e contemporâneas". Ela é uma versão do modelo 904, criado em 1903, pelo futuro fundador da fábrica de mobiliário italiana Poltrona Frau (www.poltronafrau.com), Renzo Frau (1881-1926). O modelo, porém, só passaria a ser produzido na década de 1930. Arquétipo dos móveis modernos, a poltrona tem formas arredondadas e estofamento de couro, além de assento recheado com plumas de ganso e molejo composto por unidades em lastro de juta. A Vanity Fair marca a história da Poltrona Frau, fundada em Turim em 1912, que teve como origem o laboratório artesanal criado por Renzo, após o designer conhecer - na Inglaterra - o sofá Chesterfield (veja a história acima). De simples produtora, a empresa italiana transformou-se em um pólo de artistas e intelectuais e, hoje, ajuda a determinar os rumos do design mundial.
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