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Tábua de cozinha pode ser fonte de problemas; tire suas dúvidas

Colaboração para o UOL, de São Paulo

29/01/2016 07h03

As tábuas de corte são essenciais na hora de fatiar e picar alimentos, mas são, também, potenciais focos de contaminação. Por isso, “escolher um modelo adequado e de fácil higienização evita as infecções causadoras de náuseas, vômitos, cólicas intestinais e diarreias”, alerta a infectologista Marta Fragoso. Para evitar a contaminação cruzada, jamais utilize o mesmo item para cortar carne crua e vegetais. O ideal é utilizar um utensílio para cada grupo alimentar.

Limpeza

Seja a tábua de plástico, madeira ou bambu, higienize-a cuidadosamente. Para isso, o ideal é lavar, a cada uso, o item com água quente e sabão e aplicar sobre a superfície uma colher de sopa de bicarbonato de sódio. Em seguida, esfregue a peça com uma esponja embebida em uma solução preparada com 1/4 de xícara de água oxigenada (10 vol.) e 1/4 de xícara de vinagre branco. Finalize a desinfecção enxaguando com água quente. Se não for possível executar o processo diariamente, faça-o, ao menos, uma vez por semana. As tábuas de vidro não exigem essa limpeza profunda, mas o cuidado pode ser realizado, por precaução.

Alternativa é, após lavar a tábua com sabão e água quente, deixá-la de molho por trinta minutos em uma solução de 1 litro de água e 100 ml de hipoclorito de sódio ou água sanitária. Qualquer que seja o modelo e o material, sempre guarde o utensílio seco e em local arejado. 

Tipos

Madeira
As tábuas de madeira têm forte presença nas casas brasileiras por serem firmes, duráveis e de baixo custo. Mas, nos últimos anos, o material passou a ser mal visto, após serem proibidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em bares e restaurantes. O motivo é que as ranhuras na superfície deixam o utensílio mais suscetível ao acúmulo de microrganismos. Para quem é fiel às tábuas de madeira, certos cuidados ajudam a minimizar riscos: primeiro opte por um modelo com tratamento antimicrobiano. Também vale untar a superfície com óleo comestível e sem cheiro antes do primeiro uso e se a tábua estiver lascada, muito usada e com ranhuras profundas, descarte-a.
 
Bambu
As tábuas de bambu têm a vantagem de serem leves, bonitas e confeccionadas com matéria-prima renovável. Além disso, contam com a ação antibacteriana natural do bambu e têm fibras menos porosas, evitando o acúmulo de resíduos. Assim como para as de madeira, a aplicação de óleo é recomendada, mas nas de bambu a periodicidade aumenta: a aplicação deve ser feita sempre após a lavagem manual com água e sabão.
 
Plástico
As tábuas plásticas podem ser colocadas na máquina de lavar e a disponibilidade de cores e modelos facilita a identificação do utensílio conforme o uso (carnes vermelhas, carnes brancas, frutas e vegetais). "Para quem não tem versões coloridas, a solução é identificar os objetos com etiquetas plásticas laváveis", recomenda a personal organizer Juliana Faria. Com custo não muito alto, os modelos plásticos devem ser trocados quando apresentarem manchas, ranhuras e cortes consideráveis em sua superfície.
 
Vidro
Em relação à contaminação, as tábuas de vidro saem na frente das "concorrentes". A superfície lisa impede a formação de fissuras ocasionadas pelas facas. Além disso, não contêm Bisfenol A e outros poluentes orgânicos presentes em alguns tipos de plástico. Mas, embora seja muito fácil de limpar (basta lavá-la com água e detergente), esse tipo de tábua apresenta desvantagens. Por ser duro, o vidro danifica o fio das facas e são um tanto desconfortáveis (também pelo som produzido), quando apoiam alimentos duros durante o corte.
 

Fontes: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); Juliana Faria, personal organizer da YRU Organizer; Dra. Marta Fragoso, infectologista do Hospital Vita; e Dra. Regina Moraes Teixeira, nutricionista.

(Todos os preços da lista de sugestões de produtos foram pesquisados em dezembro de 2015 e janeiro de 2016 e estão sujeitos a alterações.)

Lista de compras

  • Divulgação

    Dobrável

    Feita de plástico, a tábua de corte Snap é dobrável, o que facilita o despejo dos alimentos na panela. O utensílio, produzido pela empresa alemã Koziol, mede 33,7 cm x 16,6 cm e está disponível em várias cores por R$ 35,99, na Etna (www.etna.com.br).

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    Antimicrobiana

    A tábua de corte da linha Organic é produzida pela Tramontina (www.tramontina.com.br) com madeira (teca). Segundo a fabricante, a peça conta com proteção antimicrobiana e verniz atóxico, que amplia sua vida útil. Com alça para pendurar, o utensílio está à venda na loja virtual da marca por R$ 49,78 (a partir de).

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    Vidro

    Indicada para quem busca facilidade de limpeza, a tábua Oriental Floral é fabricada com vidro temperado e mede 30 cm x 25 cm. O utensílio é vendido pela Sao Casa (www.saocasa.com.br) por R$ 80 (+ frete)

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    Múltiplo uso

    O conjunto composto por quatro tábuas plásticas de cores diferentes serve para o corte de alimentos variados. O suporte de bambu agrupa as unidades e dá mais firmeza e ergonomia durante o uso. O produto é vendido na Gift Home (www.gifthome.com.br) por R$ 87,22.

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    Livre de Bisfenol-A

    Produzida em plástico livre de Bisfenol-A (ou BPA), a tábua de corte Sanremo conta com um compartimento flexível em silicone para armazenar os alimentos picados. O produto mede 45 cm x 28 cm e sai por R$ 113,50, na Utilplast (www.utilplast.com.br).

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    Divertida

    Em formato de guitarra, a tábua de corte produzida em bambu pela Kikkerland mede 49 cm x 22 cm. O design, além de divertido, facilita o armazenamento da peça, que pode ser pendurada. O produto pode ser encontrado na Etna (www.etna.com.br) por R$ 119,90.

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    Smart

    A tábua de carne Cut & Carve é produzida com polipropileno, pela Joseph Joseph, e tem pés antiderrapantes, dentes que ajudam a segurar a carne e dreno para líquidos. A peça pode ser levada à lava-louças, mede 37,5 cm x 29,5 cm e está à venda na Bololo (www.bololo.com.br) por R$ 185,90.