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Mostra Paralela Gift fica com jeito de shopping decorativo em novo local

CHRIS CAMPOS

Colaboração para o UOL

01/03/2010 20h38

A 17a edição da Paralela Gift, que aconteceu de 26 de fevereiro a 1 de março, teve como cenário o Shopping Iguatemi, em São Paulo. Depois do incômodo da edição passada, quando a feira para o mercado profissional de decoração foi anexada à gigante Gift Fair – e ficou um pouco perdida em meio a tantos expositores –, ela volta a ter personalidade de mostra mais exclusiva, menorzinha e acolhedora. O local escolhido foi acertado, mas, em comparação com a concorrente Craft Design, ficou no ar uma sensação de algo estava faltando...

Boas novidades foram as estreias de marcas como a Picnic, com um ótimo sortimento de papéis de parede importados; os bancos indígenas das Oficinas Caboclas do Tapajós e as peças de apelo divertido da Rex Design. A ceramista Svenja Kalteich saiu do branco total – marca registrada de suas peças, que parecem rendadas – e apostou em uma cartela de cores fluo. O resultado alia a delicadeza das formas e o toque moderno das cores gritantes. Escolha acertada que chamava a atenção dos visitantes logo à entrada da mostra.

Na linha “parece, mas não é”, merecem destaque as peças da designer Juliana Zandonaide, que levou para o estande do Sebrae garrafas feitas de resina que lembravam o melhor do artesanato mineiro em pedra-sabão. Os móveis de papelão da 100’T não são exatamente novidade, mas apareceram pela primeira vez na Paralela Gift e causaram certo furor entre os visitantes.

Marcas velhas conhecidas da mostra também estiveram presentes. No estande da Corporação de Ofícios, fofurices tradicionais da marca recheavam as prateleiras, como saleiros e pimenteiros de porcelana em formato de cisnes. O Asa Estúdio levou para os corredores da Paralela pufes divertidos e uma coleção de estampas novinha em folha. O toque de capricho ficou por conta das almofadas bordadas do estande do Sebrae e dos copos gravados à mão por Eduardo de Castro.

Foi uma mostra na qual não ficaram claras as tendências: a impressão é a de que cada participante trouxesse o seu melhor e pronto. Em feiras desse tipo, uma linha comum costuma nortear os lançamentos. Não foi o caso desta edição da Pararela, que, assim como o cenário em que foi montada, ficou com jeito de shopping center decorativo.

Chris Campos é jornalista e editora do site Casa da Chris (www.casadachris.com.br)