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Pragas urbanas: saiba mais sobre as baratas e como combatê-las

O inseticida ?de prateleira? ou vendido em supermercados é eficiente para resolver aparições pontuais - Thinkstock
O inseticida ?de prateleira? ou vendido em supermercados é eficiente para resolver aparições pontuais Imagem: Thinkstock

Simone Sayegh

Do UOL, em São Paulo

12/11/2012 07h01

O calor é uma festa. Traz sol, praia, piscina e... baratas. Esses odiados bichinhos se animam com a chegada da estação, porque é nessa época que se reproduzem com maior facilidade, graças à aceleração de seu metabolismo. Como todo inseto, as baratas não produzem calor e precisam de um lugar quentinho para se abrigar - entre 25° e 28° C – já que dependem exclusivamente da temperatura ambiente. Portanto, nas noites quentes é melhor se preparar: a chance de alguma barata cruzar o seu caminho é grande.

Como os dias de calor intenso já começaram, o UOL Casa e Decoração preparou um “guia da barata” para você conhecer um pouco mais desses bichos tão comuns e nojentinhos – para muitos. Digamos, ancestrais, esses insetos podem viver longos anos (!) e podem, sim, transmitir doenças. Veja!

Desde muito antes da antiguidade

As baratas são insetos muito, muito antigos, com ancestrais datados de 300 milhões de anos (período Carbonífero da era Paleozóica). Dentre as mais de cinco mil espécies existentes no mundo, duas se destacam no meio urbano: a Blattella germânica, pequena, amarronzada e achatada, com duas listras pretas longitudinais nas costas (vive em frestas e cavidades) e a Periplaneta americana, grande, castanho avermelhada, com uma mancha circular amarelada em volta das costas (vive em esgotos e em áreas maiores como forros, porões, cabines elétricas, tubulações de águas pluviais).

A primeira é conhecida como barata da cozinha ou francesinha, mais comum em bares e restaurantes - povoam até máquinas de café - e podem viver em média nove meses. Já a Periplaneta é a terrível cascuda voadora que chega a viver até três anos, sendo um dos insetos mais temidos e repugnantes para mulheres e crianças (dizem que alguns homens também fogem gritando).

Segundo a bióloga e diretora técnica da ABCVP (Associação Brasileira de Controle de Vetores e Pragas), Lucy Figueiredo, outras espécies também têm ocorrido com certa frequência nas áreas urbanas, como a barata manchada (Supella longipalpa - pequena, com manchas branco-amareladas e marrons, como um jogo de xadrez), e a barata do jardim ou do suriname (Pycnoscellus surinamensis - marrom acinzentada, meio esfumaçada, tamanho médio e sem manchas).