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Sem erro: veja novidades e aprenda a investir em louças e metais sanitários

Banheiro criado por Gustavo Calazans usa bacia com caixa acoplada, opção utiliza menos água - Divulgação
Banheiro criado por Gustavo Calazans usa bacia com caixa acoplada, opção utiliza menos água Imagem: Divulgação

Juliana Nakamura

Do UOL, em São Paulo

13/12/2012 10h21

Nos últimos anos, a evolução nas áreas de louças e metais sanitários provocou uma verdadeira revolução em banheiros, lavabos e salas de banho no Brasil. O design ganhou refinamento, aproximando-se do que é produzido pelos melhores fabricantes internacionais, e a tecnologia agregada adicionou mais conforto para o usuário e ecoeficiência às peças, que consomem cada vez menos água.

“Os banheiros ressurgiram com novos conceitos integrando spas, salas de relaxamento e até áreas de convívio. Neles foram inseridos cuidados quanto à  sustentabilidade, à automação e ao conforto”, resume o designer de interiores e consultor de tendências em decoração e estilo, Fabio Galeazzo.

Entre as novidades que conquistam espaço nas novas vedetes da casa estão vasos e bidês com sensores inteligentes, que detectam a presença do usuário e que podem ser acionados por controle remoto para, por exemplo, regular o aquecimento do assento. Há, também, duchas e chuveiros equipados com LEDs e que transformam o banho em uma experiência cromoterápica.

Inovações vêm ocorrendo, ainda, no desenvolvimento das matérias-primas: hoje, além da tradicional louça cerâmica branca, há opções de materiais de base sintética para a produção de cubas, vasos e bancadas, e que adicionam aos itens dos banheiros maior durabilidade e higiene.

Dicas para escolher metais

Em meio a tantas opções é importante escolher o produto mais adequado para cada situação de uso. Galeazzo explica que, além da estética, há outros aspectos que merecem observação na hora de selecionar metais sanitários. Um deles é a ergonomia, sobretudo a empunhadura de torneiras e misturadores. A dica é, antes de fechar a compra, manusear a peça, observando se o acionamento é macio.

Também é importante checar se o equipamento funciona perfeitamente em baixa e alta pressão e se o cartucho (dispositivo de acionamento, comumente cerâmico) facilita o controle de vazão e inibe vazamentos. Bem como se o modelo desejado se adapta ao tipo de cuba a ser empregado, por exemplo.

A longa vida útil de torneiras, misturadores, duchas e acessórios depende, em grande medida, da qualidade do acabamento superficial aplicado à peça. Nesse sentido, um avanço foi o desenvolvimento do acabamento cromado que utiliza duas camadas de níquel e, atualmente, é oferecido pelos principais fabricantes. Essa proteção extra amplia a resistência à corrosão e ao desgaste da superfície do metal, prolongando a beleza do produto.

Dicas para escolher louças sanitárias

As louças sanitárias devem inspirar tanto ou mais cuidado na hora da escolha. Assim, em primeiro lugar avalie o espaço disponível para a instalação. Isso porque é possível encontrar grandes diferenças de dimensões entre os produtos disponíveis.

Em seguida parta para a escolha do tipo/modelo de vaso (com caixa de água acoplada, com válvula hidráulica ou suspensa) e de cuba (de embutir, de sobrepor, de apoio ou semi-encaixe). Vasos com caixa acoplada, em geral, consomem menos água e têm manutenção facilitada em comparação com os aparelhos sem caixa. Porém são mais volumosos. A diferença se explica porque nas bacias de caixa acoplada a quantidade de água por descarga é pré-determinada, diferente da válvula comum, cujo volume despendido depende da intensidade e duração do acionamento, bem como da regulagem do dispositivo.

Para quem busca reduzir impactos ambientais, uma alternativa válida tanto para bacias de caixa acoplada, quanto para válvulas, é o sistema de duplo acionamento de descarga com opção para três ou seis litros de vazão. Esse recurso, que possibilita a utilização de acordo com a necessidade de cada uso (dejetos líquidos ou sólidos), proporciona uma economia de até 60% no consumo de água. Há também a opção de substituir as bacias antigas (que chegavam a consumir 12 litros de água  por descarga) pelos modelos conhecidos como VDR (volume de descarga reduzido), desenhadas para funcionar com, no máximo, seis litros de água e encontradas no mercado desde 2002.

Em relação às cubas, as embutidas em bancadas são as mais utilizadas, mas vem crescendo a aplicação das de sobrepor, especialmente em lavabos, assim como das de semi-encaixe, indicadas quando há pouco espaço no banheiro e a bancada tem limitação de profundidade.

De acordo com o arquiteto Eduardo Mourão, sobretudo no caso das louças sanitárias, deve-se observar a qualidade do produto, analisando de perto o seu acabamento, se há imperfeições ou manchas e se o fabricante apresenta selos de qualidade e tradição. Também é importante checar a disponibilidade da assistência técnica, que pode ser necessária no futuro.

Tendências em design

Após anos com predominância das louças brancas e dos metais cromados, novas possibilidades começam gradativamente a ser exploradas pela indústria a fim de satisfazer a demanda de diferentes projetos. Entre elas está o acabamento fosco, que confere um toque aveludado às louças e aos metais sanitários em tons escuros (marrom e preto, principalmente).

Para aqueles que anseiam por ainda mais ousadia, existem as peças coloridas de design moderno, como as cubas de resina ou vidro, ou os chuveiros e misturadores pintados com tinta automotiva.

Em relação ao design, três tendências predominam no mercado de louças e metais sanitários: pró e anti-Bauhaus e orgânicas.

As coleções que negam a Escola Bauhaus, movimento de vanguarda que se desenvolveu entre 1919 e 1933 na Alemanha, privilegiam um aspecto que pode ser denominado minimalista. “Em geral peças dessas linhas são 'frias' e nada convidativas ao uso, porém são escultóricas e belas”, opina Fabio Galeazzo.

Em contrapartida existem designers que se inspiram nos princípios defendidos pela Bauhaus, explorando ângulos retos, curvas e formatos triangulares. “Esses são os meus preferidos, pois trazem a referência dos cubos escultóricos, mas com maior ergonomia”, revela o arquiteto.

Galeazzo destaca ainda que, mais recentemente, vêm ganhando espaço louças e metais com formas orgânicas, inspiradas nas linhas da natureza. Segundo ele, trata-se de uma grande tendência para o futuro, mas que ainda é desconhecida e de alto custo para a maior parte dos consumidores.