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Na falta de uma vista privilegiada, destaque quadros, fotos e pôsteres

Na tentativa de mexer com as emoções de quem observa, valem fotografias, pôsteres, gravuras e pinturas - Divulgação
Na tentativa de mexer com as emoções de quem observa, valem fotografias, pôsteres, gravuras e pinturas Imagem: Divulgação

Marina Oliveira e Thaís Macena

do UOL, São Paulo

06/03/2013 07h00

Encontrar uma casa que atenda às expectativas de tamanho, localização e infraestrutura nem sempre é tarefa simples. Aliar tudo isso a uma vista agradável de contemplar é ainda mais difícil. Quando as paisagens inspiradoras não vêm com o imóvel, uma boa solução é utilizar uma artimanha decorativa: "As imagens de paisagens ampliadas são capazes de transportar o morador a lugares que proporcionam tranquilidade, felicidade e paz", aposta Liana Martinelli, designer de interiores e idealizadora do site Dali Casa.

Na tentativa de mexer com as emoções para provocar bem-estar no observador, vale de tudo: fotografias, pôsteres, gravuras ou pinturas a óleo. "Quem compra um quadro geralmente faz o investimento em uma imagem que, de alguma forma, emociona. E é assim que deve ser. Um elemento artístico não pode ser encarado como uma almofada, que você muda de acordo com a decoração", afirma o arquiteto Gustavo Calazans.
 
 
Para ele, a imagem tende a assumir o lugar de destaque no ambiente ao invés de se tornar mais uma peça a ser harmonizada com a mobília. Quadros de paisagens que farão as vezes de uma vista ganham mais destaque em cômodos sem janelas, o que permite que sejam a atração principal. "Um fator que ajuda a definir a compra de uma obra é o tamanho da parede disponível", concorda a arquiteta Iraima Kwartet. Assim, desde que se tenha espaço físico para acomodá-la, qualquer dimensão vale. 
 
No mais, a regra é não ter regra. Ambientes pequenos podem receber quadros grandes, assim como uma grande área pode ser ambientada com pequenas imagens. "Vai do perfil do morador. Há quem goste de muita informação e tenha horror ao vazio, outros preferem ambientes mais leves e serenos", compara o arquiteto Marcos Marcelino, da ReM Arquitetura e Design.
 
Mix de estilos
 
"Para a decoração não ficar monótona a dica é misturar fotografias, gravuras, pinturas no mesmo ambiente", propõe Iraima. Também é desnecessário prender-se a detalhes como escolher apenas peças de tamanhos iguais ou apenas um tipo de moldura, já que o mix de estilos está em alta. "O bom senso deve prevalecer na hora de equilibrar a composição que será criada. Se a intensão for sair do alinhamento convencional, o conceito deve ficar bem claro", diz Calazans.  
 
Uma fórmula básica para misturar quadros de diferentes tamanhos é posicionar o maior ao centro e ir dispondo os demais ao redor, de maneira a formar um grande retângulo. Para não furar a parede nos lugares errados, a dica dos profissionais é simular a composição usando papéis recortados nos tamanhos das molduras, colados com fita adesiva nos lugares em que os quadros deverão ser pendurados. 
 
Na parede
 
Na hora de pendurar, escolha a parede de maior visibilidade no ambiente, aquela para a qual os olhos se voltam naturalmente. A altura média para a aplicação pode ser considerada a 1,60 m do chão ou, se preferir, o centro do quadro deve ser posicionado na linha dos olhos do morador. Se a intenção é fixá-lo na parede atrás do sofá, considere a distância de 25 cm entre a base da moldura e o topo do móvel. Nesse caso, a centralização deverá respeitar a largura do estofado e não a da superfície. 
 
Em paredes vazias, é possível brincar mais com arranjos e disposições. "Você pode escolher um elemento que esteja próximo do local da instalação para criar o alinhamento. Por exemplo, a maçaneta de uma porta", ensina Liana. Há ainda a opção de apoiar quadros em móveis, o que evita o uso de pregos na parede e facilita muito a vida se houver vontade de mudar, depois de algum tempo. Neste caso, o único cuidado é escolher um apoio alto o suficiente para que a obra fique na altura dos olhos de quem irá contemplá-la.