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Veja as novidades em panelas e aprenda a cuidar do utensílio

Em várias cores, o conjunto Roichen é fabricado em alumínio fundido e tem revestimento antiaderente - Divulgação
Em várias cores, o conjunto Roichen é fabricado em alumínio fundido e tem revestimento antiaderente Imagem: Divulgação

Juliana Nakamura

Do UOL, em São Paulo

26/07/2013 07h03

Itens indispensáveis em qualquer cozinha, as panelas vêm se desdobrando em múltiplos modelos, materiais e acabamentos. Alumínio, aço inox, vidro, ferro fundido esmaltado, cerâmica de alta tecnologia e titânio, além das panelas com revestimentos antiaderentes, são algumas das opções à disposição do consumidor, cada qual com seus pontos fortes e fracos.

Em meio a essa variedade, escolher o produto mais adequado torna-se um desafio. Ainda porque a panela ideal pode variar muito em função do alimento que se deseja preparar. Higiene, não-toxidade e praticidade são fatores que propulsionam o mercado de panelas.
 
"Um utensílio que possa ser usado nas diversas formas de cocção (micro-ondas, fogo, chapa elétrica, forno, vapor, etc.), que seja de fácil limpeza e, ao mesmo tempo, não seja nocivo à saúde é alvo da busca tanto dos consumidores como da indústria", comenta a nutricionista Késia Diego Quintaes, autora do livro "Por Dentro das Panelas" (editora Atlântica).
 
Na busca pelo melhor material
 
Custo e durabilidade são quesitos valorizados pelo usuário brasileiro. Isso explica, no mínimo em parte, o fato das panelas de alumínio dominarem cerca de 70% do mercado. Pesquisas indicam, contudo, que o metal presente em ligas usadas na fabricação de panelas pode ser transferido aos alimentos. 
 
O problema, esclarece Quintaes, é que este elemento não é nutriente e pode competir com absorção de minerais importantes como o ferro. Também há suspeitas de que o alumínio que migra para os preparos possa estar ligado a doenças como o Mal de Alzheimer. 
 
Todavia não há consenso de que o uso das panelas de alumínio possa comprometer a saúde de quem consumir alimentos nelas preparados. O que os especialistas são unânimes em ressaltar é a necessidade de cuidar atentamente da conservação das panelas. Isso vale tanto para as de alumínio polido, quanto para aquelas com revestimentos antiaderentes (teflon, por exemplo). 
 
Deve-se dar preferência ao uso de colheres de madeira ou materiais plásticos para reduzir a abrasão e evitar riscos e danos à superfície. "O simples fato de não ariar e polir internamente a panela de alumínio após a fervura sequencial de água tende a reduzir a transferência de alumínio deste tipo de panela para o alimento em até seis vezes", informa a nutricionista. 
 
Quintaes recomenda, ainda, evitar o preparo de alimentos ácidos e aquosos como molhos e sopas, bem como guardar alimentos prontos em panelas de alumínio. "Cabe citar que recipientes de alumínio se mostram de grande valia na fritura de alimentos por imersão, permitindo - neste caso - manter boa a qualidade do óleo por até quatro frituras", acrescenta. 
 
Segundo a nutricionista, de uma forma geral, todos os materiais empregados atualmente na fabricação de panelas têm sua utilidade. "Não é preciso se desfazer das peças que compõem a sua cozinha, mas é interessante investir em utensílios de outros materiais para tirar melhor proveito sensorial e reduzir a exposição a determinado elemento ou composto químico que, longo prazo, podem trazer prejuízos à saúde", sugere Quintaes. Outra dica é investir em materiais tradicionais, preferencialmente de fabricantes reconhecidos.
 
 Panela velha não faz comida boa
 
Alguns cuidados com a conservação das panelas são fundamentais para garantir longa vida útil e segurança dos utensílios. As recomendações variam de acordo com o material de cada item, no caso do alumínio, é importante não polir (ariar) ou fazer abrasão ácida (água com vinagre ou limão) internamente. No caso das de ferro, seque bem após o uso e a limpeza, mesmo que seja necessário colocá-las sobre a chama do fogão. 
 
As panelas em aço inox, por sua vez, não devem ser utilizadas para armazenar alimento por muito tempo. "Um cuidado importante para superfícies em inox é sempre secá-las após a lavagem, pois o cloro contido na água pode deixar manchas", diz Cintia Figuerola, supervisora de produtos da M.Cassab. 
 
Figuerola recomenda também, para evitar o surgimento de manchas brancas no interior do utensílio, que o sal para o tempero dos alimentos seja sempre dissolvido em água quente e nunca colocado diretamente no fundo da panela. Preferir fontes de calor brando para evitar que o alimento grude, especialmente no caso das panelas de fundo triplo, é aconselhável. Alguns fabricantes disponibilizam uma pasta especial para polir e remover manchas nos produtos de aço inoxidável.
 
Pequenos indícios podem indicar o fim da vida útil de suas panelas, portanto atente-se. Em peças de cerâmica esmaltada e pedra-sabão, por exemplo, trincas tendem a significar que é momento de substituição. Já as versões revestidas por antiaderente pedem “arrego” quando a camada de revestimento não se mantém íntegra. "Panelas que possuem antiaderente demandam troca a cada cinco anos ou toda vez que for observado que o antiaderente está descamando. Isso evitará que as partículas do revestimento contaminem os alimentos", finaliza Figuerola.