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Veja dicas para criar cães e gatos em apartamentos pequenos

Enriqueça o ambiente com objetos recreativos que estimule o animal ao exercício e às brincadeiras - Getty Images
Enriqueça o ambiente com objetos recreativos que estimule o animal ao exercício e às brincadeiras Imagem: Getty Images

Karine Serezuella

Do UOL, em São Paulo

31/08/2013 09h00

Se você mora em um apartamento pequeno e quer um bicho de estimação, é essencial ter bom senso ao escolher o animal - pensando especialmente no porte - e em relação às suas atitudes de convivência para com o novo morador.  A criação do cão ou gato requer cuidados como prover alternativas para exercícios e brincadeiras e delimitar um espaço, mesmo que reduzido, que seja somente do animal.

Não existe uma metragem mínima estipulada para que se possa criar bem um pet, mas a veterinária especialista em comportamento animal e parceira da Comac (Comissão de Animais de Companhia do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal), Ceres Faraco, lembra que nenhum bichinho é feliz se ficar confinado, por exemplo, em áreas de serviço ou varandas.

Os animais domésticos precisam de exercícios, brincadeiras e interação social. “Eles costumam viver bem independente do espaço ser pequeno, mas as suas necessidades devem ser atendidas”, defende Faraco.

Por terem um comportamento mais tranquilo, os felinos de modo geral se adaptam bem a apartamentos, mesmo os com 35 m². Se a ideia for criar um cachorro, os de pequeno e médio porte são mais indicados porque vivem com mais facilidade nos espaços reduzidos dos apês. Raças como Poodle, Yorkshire, Fox Terrier, Schnauzer, Pinscher, Dachshund, Shih-Tzu e Pug são algumas das recomendadas. Os vira-latas (SRD) também podem viver em apês pequenos, caso você queira adotar um, pesquise sobre a origem e o tamanho dos pais - no caso de filhotes, para ter ideia do porte do animal - ou leve para casa um cãozinho já adulto.

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Caso opte por cães miúdos, é possível ter até dois deles ou então criá-lo com um gato. “O número de animais e a convivência entre espécies dependem da possibilidade do dono de assegurar as condições para o bem-estar do ponto de vista físico e psicológico”, ressalta a veterinária.

Enriqueça o ambiente

Para os cães e gatos que vivem em apartamento, o ideal é que o espaço dedicado ao animal seja enriquecido com objetos recreativos que estimulem exercícios e brincadeiras. Ossinhos, mordedores, brinquedos que liberam comida ou que são mastigáveis, são alguns recursos. Esses elementos reduzem a monotonia do cão, em especial, se esse animal costuma ficar muito tempo sozinho diariamente.

“Esse 'cantinho' deve ser agradável, ter um espaço para a caminha, ser limpo e arejado, de preferência longe de intensas correntes de ar e umidade, evitando problemas respiratórios e de pele”, explica a veterinária da empresa Pet Center Marginal, Giuliana Tessari.

Para os felinos, arranhadores, brinquedos ou mesmo prateleiras, estantes e outros móveis que possibilitem a exploração animal, aumentam a área de circulação dentro do apartamento. É importante, porém, colocar telas de proteção nas janelas e sacadas para impedir que os curiosos bichanos se acidentem.  

Além do local privado dedicado à distração e ao relaxamento do bichinho, reserve uma área exclusiva para colocar o comedouro e o bebedouro e um segundo espaço para que o pet faça xixi e cocô. Para e último caso, existem no mercado produtos que ajudam a manter o apartamento mais limpo, mas que não substituem a higienização diária dos  "banheirinhos": tapetes higiênicos prometem absorver a urina do cão, enquanto plataformas minimizam o contato das patinhas com o líquido. Para gatos, as areias sanitárias são muito utilizadas, mas há também os banheiros com filtro de carvão ativado, que prometem eliminar o odor das fezes do bichinho.

Passeios regulares

Atenção! A ausência de atividades físicas pode causar problemas respiratórios, cardiovasculares, dores nas articulações e limitação de mobilidade corporal para os animais. Cães e gatos podem ficar obesos, comprometendo sua saúde e longevidade. Além disso, o sedentarismo e a falta de atividades lúdicas tendem a criar quadros de ansiedade e estresse para o pet.

No entanto, Ceres Faraco recomenda procurar um veterinário para que ele indique os exercícios conforme as condições específicas do bicho. “O excesso [de atividades] pode provocar lesões, problemas de coluna e alterações cardíacas ou respiratórias”, pondera.

Como regra geral, o veterinário e diretor da empresa PetLove, Marcio Waldman, aconselha: compense a falta de espaço com passeios regulares. “Leve o cão para caminhar em parques ou praças uma vez na semana e saia com ele pelo menos uma vez ao dia para fazer suas necessidades e gastar um pouco de energia”, sugere.

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Ainda de acordo com o veterinário, a constância dessas atividades minimizam possíveis impactos psicológicos nos bichos. “A carência de atividades pode ocasionar, por exemplo, a dermatite por lambedura das extremidades, uma doença psicossomática em cães e gatos”, alerta.  

Atenção à limpeza

Os donos de animais de estimação devem se atentar para a limpeza das áreas dos animais e do apartamento como um todo, em especial, se o imóvel for muito pequeno. Recomenda-se passar o aspirador nos cômodos pelo menos três vezes na semana e retirar diariamente qualquer resíduo de urina e fezes. Faça também uma higienização diária do local onde ficam o comedouro e bebedouro. Seu melhor amigo agradece.