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Aquecedores deixam a casa aconchegante, mas requerem cuidados de uso

O aquecedor elétrico (irradiador) tende a ser o mais barato, mas ele resseca o ar - Getty Images
O aquecedor elétrico (irradiador) tende a ser o mais barato, mas ele resseca o ar Imagem: Getty Images

Juliana Nakamura

Do UOL, em São Paulo

15/08/2014 07h03

Com o inverno e a chegada de frentes frias que custam a passar, o interesse por aquecedores de ambientes aumenta. Esses aparelhos elétricos, cada vez mais populares, empregam tecnologias distintas para prover calor e podem ser facilmente encontrados em diferentes tamanhos e preços. 

Diante de tantas opções, o usuário deve fazer uma escolha consciente, não observando apenas o design e o conforto, mas também a segurança do equipamento. Vale lembrar que os aquecedores domésticos tendem a diminuir a umidade do ar e, quando mal instalados e utilizados, podem provocar queimaduras e até incêndios.
 
Para não errar, o primeiro passo é optar por um aparelho adequado às suas necessidades. Os aquecedores portáteis mais utilizados podem ser classificados em quatro tipos principais, seus preços variam bastante dependendo do modelo e da potência do equipamento. Por isso o ideal é pesquisar antes de comprar e sempre checar se o produto é certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Geralmente os mais em conta são os do tipo irradiador e os mais caros são os modelos a óleo e os cerâmicos.
Instalação segura
 
Uma vez escolhido o equipamento mais adequado, é importante garantir que ele seja instalado corretamente. A instalação, fixação e uso desses aparelhos devem ser feitas de acordo com o manual de instruções do fabricante. O problema é que são escassas as informações sobre aspectos relacionados à segurança em grande parte dessas cartilhas. 
 
Por isso, o UOL Casa e Decoração consultou o Corpo de Bombeiros e o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) sobre como usar os aquecedores domésticos de modo seguro. Confira as dicas a seguir:
Cuidados com a saúde
 
Em relação à saúde, os maiores riscos associados ao uso de aquecedores de ambientes são relacionados à secura do ar e às queimaduras provocadas pelo contato com as partes mais quentes do aparelho. Crianças e idosos são os mais suscetíveis a esses problemas.
 
"Independentemente do modelo, é importante que o aquecedor possa ser usado até, no máximo, duas horas após a criança ou o idoso dormirem no ambiente, sendo ligado pouco antes disso", recomenda o pediatra e homeopata, Moises Chencinski, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo. 
 
O médico explica que, no caso do uso de aparelhos que reduzem a umidade do ar, a solução pode ser a utilização combinada com umidificadores. Mas esses aparelhos também devem ser usados por, no máximo duas horas, em conjunto com o aquecedor, para evitar que o ambiente fique muito úmido favorecendo a proliferação de fungos e bactérias também prejudiciais ao sistema respiratório.
 
Métodos caseiros para umidificar o cômodo aquecido, como o uso de bacias de água ou toalhas molhadas estendidas, podem ser aplicados por um tempo mais prolongado (pela noite toda, por exemplo). Além disso, é fundamental garantir a boa hidratação do corpo. "Sentimos menos sede no frio, o que não significa que temos menos necessidade de água", ressalta Chencinski.
 
Fontes consultadas: IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor); arquiteto Luiz Maganhoto e designer de interiores Daniel Casagrande, sócios do escritório Maganhoto e Casagrande Arquitetura; Corpo de Bombeiros do estado do Paraná; e Dr. Moises Chencinski, pediatra e homeopata.