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Economia e qualidade de vida estimulam a marmita: veja dicas e cuidados

Silvana Maria Rosso

Do UOL, em São Paulo

23/07/2015 07h00

Economizar o dinheiro da refeição, comer com mais qualidade e reduzir o consumo de alimentos industrializados são alguns dos motivos que têm feito as pessoas resgatarem um velho hábito: a marmita.

E esse resgate pode significar, também, a preservação do carinho e do valor do lar, como diz a chef Neka Mena Barreto: "Quando vejo uma pessoa que carrega sua marmita, penso que ela é bem educada. Porque essa é uma forma de preservar a comida da sua casa. Vejo uma pessoa que gosta de seu lar, uma pessoa que não o abandona".

Em que pote?

Levar a própria comida é saudável, mas requer cuidados, por isso esqueça o modelinho antigo de alumínio. Segundo a chef, as melhores marmitas são "as fabricadas com plástico duro que mantém a temperatura e não deixam gosto". A maioria vai ao freezer e ao micro-ondas e a manutenção é simples: esponja e sabão neutro. Mas, para não ter erro, sempre siga a recomendação da fabricante, indicada na embalagem para a higienização.

Apesar do plástico ser um componente comum nas marmitas, há estudos (como os da Universidade de Harvard, no EUA) que apontam que o material pode trazer riscos à saúde, se em sua composição houver a substância Bisfenol-A (BPA). No Brasil, por exemplo, o emprego do bisfenol-A foi proibido em mamadeiras pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em caráter preventivo. Mas se você não quiser arriscar, uma alternativa são os potes de vidro, apenas tome cuidado com choques e quedas para preservá-los.

Temperatura na medida

Como levar a própria comida é um hábito comum em muitos países da Europa e no Japão (onde o bentô - marmita para uma pessoa - é bem cuidado e arrumadinho),  empresas (muitas delas gringas) se especializaram na produção de uma variedade de recipientes de alta tecnologia que, além de acondicionarem bem os alimentos, ajudam a diminuir o desperdício.

Esses potes "hi-tech"  ainda podem auxiliar na manutenção da temperatura adequada, o que evita a fermentação, e seus compartimentos separam comidas cruas e cozidas. Segundo Barreto, a recomendação é de que os alimentos sejam mantidos a menos de 10º  C ou a mais de 60o C. A Anvisa indica, ainda, que alimentos cozidos não permaneçam à temperatura ambientem por mais de duas horas.

Sopa na marmita? É claro!

Mas se eu guardar o alimento quente, o calor não pode criar um "vulcão"? Sim, pode! Por isso, nem pense em colocar a sopa quente em um potinho comum e guardá-lo na bolsa. Para transportar líquidos como sopas e molhos, Barreto indica as garrafas térmicas ou os recipientes específicos para esse tipo de armazenamento (veja exemplos em nosso álbum!).

Por fim, para ajudar na manutenção da qualidade de seu almoço, as bolsas térmicas - quase sempre feitas de neoprene - chegam a manter o calor (ou o frio) por até quatro horas, sem demandar cuidados especiais. Se animou? Então entre na onda da marmita e faça esta receita saudável e saborosa da chef Neka: Arroz Vermelho Agengibrado.