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Piscina generosa é destaque em casa moderna de concreto colorido

Do UOL, em São Paulo

23/05/2013 07h02Atualizada em 21/04/2015 18h22

Concebido como um bairro-jardim de uso exclusivamente residencial, City Boaçava é uma área nobre na zona oeste de São Paulo com ruas tranquilas e arborizadas. Foi neste local, cercado de muito verde, e para um casal de advogados com filhos que os arquitetos Cristiane Muniz, Fábio Valentim, Fernanda Barbara e Fernando Viégas - sócios do escritório paulistano Una - projetaram a Casa Boaçava.

O terreno de 530 m² tinha algumas particularidades que determinaram a implantação e a distribuição dos espaços. Um suave declive e o desnível de seis metros em relação ao lote vizinho posterior proporcionavam uma vista longínqua e panorâmica que alcança o “skyline” da marginal do rio Pinheiros.

Para que tal privilégio pudesse ser devidamente aproveitado, os arquitetos rebaixaram o muro voltado para os fundos do lote deixando a construção na altura da copa das árvores da rua de trás. Também, optaram por utilizar um único material, o concreto armado, como estrutura e elemento definidor da forma.

Robustez x leveza

A casa é composta basicamente por dois blocos de concreto de linhas retas que se cruzam, com diferentes comprimentos e tons. No térreo, o volume longitudinal ao terreno, mais fechado, abriga cozinha, copa e área de serviço.

Casa-pavilhão em Joanópolis
tem vista privilegiada; clique e veja!

  • Bebete Viégas / Divulgação

O segundo bloco, suspenso, protege as áreas sociais localizadas no térreo. Sob esse balanço, as salas são contínuas, livres de barreiras visuais e separadas do exterior por divisórias de vidro que se estendem do piso ao teto. Um dos aspectos que mais chama a atenção no projeto é a estrutura, que no térreo tem como apoios o volume colorido que concentra as áreas de serviço de um lado e, do outro, dois pilares circulares, formando balanços e gerando assimetria.

O elemento de concreto pigmentado também salta aos olhos ao formar uma parede contínua que atravessa as áreas sociais em uma das laterais. Para obter o tom terroso, que remete às antigas taipas de pilão, o concreto fresco foi “tingido” com óxido de ferro antes de ser conformado em gabaritos de madeira. "A presença deste material se amplia a partir das reflexões da luz e acompanha a transição entre as áreas externas e internas", comenta o arquiteto Fernando Viégas.

Fluidez visual

No andar superior, foram alocados os espaços de vocação mais privativa. As suítes e o escritório, situados na periferia do bloco, se organizam em volta de uma sala íntima. Viégas explica que uma das preocupações foi justamente procurar diluir os limites entre o que é reservado e o que é coletivo. Isso se evidencia, não apenas na sala de convivência do pavimento intermediário e de onde se tem acesso aos quartos e ao solário na cobertura, como também na circulação fluida notada a partir da entrada da casa.

Reforçando essa sensação de continuidade, o piso de madeira cumaru foi utilizado desde a garagem até a parte final do terreno. O revestimento atravessa toda a sala de jantar e desce um lance de escadas até a sala de estar, chegando aos fundos da casa até culminar no deck da piscina. Um jardim lateral, sempre em nível, acompanha o trajeto do piso e se retifica apenas nos limites da linha d' água.

Ficha técnica

Casa Boaçava, São Paulo (SP)

Projeto de Una Arquitetos

Detalhes do projeto
  • Área do Terreno 530 m²
  • Área Construída 356,18 m²
  • Projeto Una Arquitetos
  • Equipe Cristiane Muniz, Fábio Valentim, Fernanda Barbara e Fernando Viégas
  • Colaboradores Ana Paula de Castro, Bruno Gondo, Eduardo Martorelli, Enk te Winkel, Igor Cortinove, Marta Onofre, Miguel Muralha, Roberto Galvão Jr. e Sílio Almeida
  • Projeto de Arquitetura Una Arquitetos
  • Projeto de Paisagismo Soma
  • Projeto Estrutural - Concreto Cia de Projetos
  • Construção Pecprana e F2 Engenharia
  • Projeto de Ar-Condicionado Drawing
  • Projeto Luminotécnico Ricardo Heder