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Portas de correr e ambientação sóbria ampliam apartamento de 220 m² no Rio de Janeiro

09/08/2010 07h30Atualizada em 26/02/2016 20h27

Em seus projetos, a primeira preocupação de Nanda Eskes é encontrar a melhor maneira de aproveitar o espaço e tirar dele o máximo, principalmente no que se refere à luz, amplitude e conforto. Seus trabalhos resultam sempre de inúmeros e exaustivos estudos, nos quais, como uma escultora, ela procura dar forma às idéias, para criar ambientes agradáveis e versáteis.

No caso desse antigo apartamento no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, com uma bela vista para a cidade e para a Lagoa Rodrigo de Freitas, a área de 220 m² estava dividida em três quartos e demais dependências. A proprietária, uma mulher jovem e empreendedora, que mora só com o filho, ainda criança, desejava ambientes mais amplos e de estilo contemporâneo. Para satisfazer essas exigências, a arquiteta precisou demolir praticamente todas as paredes internas do apartamento. O imóvel continuou com as mesmas dependências, mas integradas e dispostas em posições diferentes.

Segundo Nanda Eskes, as ideias do projeto "foram surgindo aos poucos, durante as muitas conversas mantidas com a cliente". Para conseguir a amplitude e o aspecto contemporâneo desejados, a arquiteta utilizou grandes portas de correr que vão do piso ao teto e interligam os ambientes.

A lagoa refletida

Entre a sala de estar da cozinha, como a cliente queria ter a paisagem da Lagoa Rodrigo de Freitas refletida no interior do apartamento, a solução encontrada foi fazer a porta de correr revestida de espelho. "A ideia inicial foi da cliente, mas juntas pensamos na melhor solução para concretizá-la", acrescenta Eskes.

Graças ainda às portas de correr, o quarto de hóspedes e de TV, assim como a cozinha e o corredor, puderam ficar interligados ao grande espaço de estar e jantar. Com isso, a sala pôde passar de 50 m² para 90 m². O mesmo aconteceu na suíte, onde a proprietária queria um enorme closet. Ao invés de separar banheiro, closet e quarto, o que resultaria em três espaços pequenos, a arquiteta resolveu colocar o closet na lateral do banheiro e interligar os dois espaços ao quarto através de portas de correr. Assim, se a porta do banheiro estiver aberta, a profundidade do quarto passa a ser de dez metros.

Mescla de estilos proporciona contemporaneidade

Para fazer a reforma da suíte, foram unidos dois quartos pequenos e um banheiro. Quanto ao quarto do filho, a ideia, segundo Eskes, foi desenvolvida a partir da proposta da proprietária, que queria um ambiente lúdico, divertido e interessante, com capacidade para acolher um coleguinha para dormir e ainda um espaço na parede para desenhar.

Na decoração dos interiores, o responsável pela escolha dos objetos foi Jean Michel Ruis, um parisiense que mora no Rio há alguns anos. "Ele tem um conhecimento profundo do design brasileiro e sabe misturar estilos, cores e objetos, propiciando mais vida e profundidade aos ambientes", explica a arquiteta.

Junto com a cliente, Ruis foi o responsável também pela escolha do mobiliário e dos tecidos. Já o mobiliário fixo, como as estantes, o sofá do quarto de hóspedes, os móveis do quarto do filho, a bancada dos banheiros e da cozinha foram desenhados pela própria arquiteta. (Éride Moura, colaboração para o UOL)

Ficha técnica

Apartamento no Leblon, Rio de Janeiro

Projeto de ne arquitetos

Detalhes do projeto
  • Área Construída 220 m²
  • Início do Projeto abril de 2009
  • Conclusão da Obra dezembro de 2009
  • Projeto Nanda Eskes
  • Equipe Renata Bollinger (arquiteta assistente) e Jean Michel Ruis (decoração)