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Reforma adapta apartamento de 64 m² ao estilo de vida dos moradores

19/11/2010 13h36Atualizada em 26/02/2016 20h02

Os clientes, ele designer, ela publicitária, adquiriram o apartamento de 64 m² quando a construtora já estava encerrando o prazo para mudanças na planta. Convidadas a fazer as adaptações, as arquitetas Cláudia Pauperio Titton, Taís Lagranha Machado e Mariana Soldan Hugo, do escritório Urbano Arquitetura, tiveram apenas 20 dias para elaborar o projeto e submetê-lo à construtora.

Nessa primeira fase, ficou definida a nova distribuição dos ambientes, foram indicadas as mudanças na rede elétrica, de iluminação e também no forro, e determinados alguns pontos onde as paredes de drywall deveriam ser reforçadas para a fixação de arandelas, da TV de plasma e dos suportes para rede de balanço. Outras intervenções menores e a escolha dos materiais de acabamento só puderam ser definidas depois, após a entrega das chaves do apartamento.

De acordo com Taís Machado, os proprietários têm uma vida social intensa, gostam de receber os amigos e são muito ligados às artes em geral. Para morar, desejavam um espaço diferente, personalizado, e deram total liberdade às arquitetas para explorar materiais e soluções técnicas. Como referência, apontaram as cores e formas das obras do designer egípcio Karim Rashid.

Nova distribuição

Originalmente, o apartamento tinha sala de estar e jantar, dois quartos (uma suíte), banheiro social, espaços para cozinha com churrasqueira e lavanderia. A arquiteta explica que praticamente todas as paredes pré-existentes foram removidas ou deslocadas para que o espaço pudesse atender ao cotidiano do casal, que não se ajustava à divisão convencional dos projetos das construtoras. Resolvido o problema de espaço, o apartamento tornou-se versátil e multifuncional.

 

Como é frequente os proprietários trabalharem em casa, precisavam de um espaço para desenvolver seus projetos. Assim, o quarto menor foi transformado em escritório, que pode ficar fechado ou aberto para a sala, conforme a conveniência do momento. No lugar da parede divisória do escritório, foram colocadas portas de correr de vidro jateado; quando os painéis estão fechados, o ambiente se transforma em uma caixa de luz.

O espaço pode servir também como quarto de hóspedes e, com mínimas mudanças, será convertido em quarto do bebê.

Para criar o espaço ocupado pela grande estante cor de laranja em formato de G, a parede divisória entre a sala e a suíte foi deslocada em 50 cm na direção do dormitório. De acordo com as arquitetas, o design do mobiliário procurou conferir multifuncionalidade aos espaços: os pufes, por exemplo, se desprendem da estante e atuam como assento, revisteiro e mesa de centro. Os peitoris das janelas transformam-se em bancadas, baús e espaços para guardar material de desenho.

Os efeitos luminotécnicos procuraram criar ambientes cenográficos e também reforçar os pontos conceituais do projeto. Um deles é o quadro-negro que envolve o volume da lavanderia e, juntamente com o piso xadrez da cozinha e a bancada de vidro, confere à função de comer um ar retrô, quase de boteco. (Éride Moura, colaboração para o UOL)

Ficha técnica

Apartamento urbano, Porto Alegre

Projeto de Urbana Arquitetura

Detalhes do projeto
  • Área Construída 64 m²
  • Início do Projeto 2007
  • Conclusão da Obra 2008
  • Projeto Cláudia Pauperio Titton, Taís Lagranha Machado, Mariana Soldan Hugo
  • Equipe Sthefânia Dezordi Duhá (estagiária)
  • Colaboradores Andrea Feldmann
  • Construção POAA ? Projetos e Obras de Arquitetura Avançada