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Falta de lubrificação pode afetar mulheres de qualquer idade; veja 6 causas

A falta de lubrificação pode ser motivada por questões fisiológicas ou psíquicas - Getty Images
A falta de lubrificação pode ser motivada por questões fisiológicas ou psíquicas Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

25/01/2016 08h05

Apesar de frequente na menopausa, a falta de lubrificação –resposta do corpo feminino à excitação sexual e aspecto fundamental para que a penetração aconteça de forma prazerosa—pode afetar mulheres de qualquer idade. O problema pode ser motivado tanto por questões fisiológicas quanto psíquicas.
 
Mesmo sendo fácil de resolver o incômodo, com o uso de lubrificantes à base de água, é fundamental para uma vida sexual saudável tentar descobrir a causa da dificuldade.
 
“Muitas vezes, o estímulo sexual não é adequado. A penetração deve ser o último processo”, diz a ginecologista Fabiene Vale, coordenadora do Ambulatório de Sexologia do Hospital das Clínicas de Minas Gerais.
 
A intensidade da lubrificação está associada à excitação, mas também existem diferenças individuais que devem ser consideradas.
 
“Cada mulher possui características próprias, algumas não têm muita lubrificação, enquanto outras molham a cama”, afirma Maria Claudia Lordello, psicóloga e sexóloga do Projeto Afrodite do Ambulatório de Sexualidade Feminina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
 
Veja a seguir os seis fatores mais comuns que costumam afetar a lubrificação.

  • Menopausa fisiológica e cirúrgica

    A menopausa é o problema que mais afeta a lubrificação das mulheres acima dos 40 anos que já entraram nesse período. Tanto a menopausa fisiológica, que ocorre naturalmente, quanto a cirúrgica, em decorrência da retirada dos ovários, causa a diminuição dos hormônios femininos, sobretudo o estrogênio, relacionado à boa lubrificação. ?A terapia hormonal oral e local ajuda muito as mulheres nessa fase?, diz a ginecologista Fabiene Vale.

  • Falta de excitação suficiente

    Na maioria dos casos, a lubrificação está diretamente ligada ao grau de excitação. Se a mulher não estiver no clima, provavelmente o corpo demorará mais a responder aos estímulos. ?A quantidade de lubrificação vaginal nas mulheres jovens vai depender da intensidade do desejo no momento da atividade sexual?, diz o médico e sexólogo Carlos Scheidemantel.

  • Medicamentos e anticoncepcionais

    Alguns medicamentos, como ansiolíticos e antidepressivos, interferem na libido e, consequentemente, no processo de lubrificação. Contudo, os anticoncepcionais são os que mais costumam prejudicar essa etapa, por inibir a produção dos hormônios femininos na quantidade ideal. O recomendado, nesse caso, é procurar o ginecologista para encontrar o anticoncepcional mais adequado para cada mulher, possibilitando níveis satisfatórios de estrogênio.

  • Doenças ginecológicas e outras

    Corrimentos e infecções no sistema genital também influenciam a ocorrência adequada dos fluidos vaginais. Além dos problemas ginecológicos, outras doenças podem ter impacto na lubrificação, como hipotireoidismo e anemias, já que são capazes de interferir no nível de desejo. ?Diabetes e doenças reumatológicas também dificultam a excitação genital?, fala Fabiene Vale.

  • Estímulo inadequado

    Mesmo que exista o desejo na cabeça, a excitação precisa passar para o corpo. Contudo, por problemas na interação com o parceiro, existência de tabus ou por falta de conhecimento da própria anatomia, muitas vezes, o estímulo sexual não acontece da melhor forma possível. ?As pesquisas mostraram que a partir de 30 segundos de uma estimulação adequada, em uma mulher sadia, a vagina já começa a se lubrificar internamente?, declara o médico e sexólogo Carlos Scheidemantel.

  • Ansiedade e querer agradar

    Para deixar a excitação fluir livremente, a mulher precisa estar relaxada. Entretanto, principalmente nos primeiros encontros, a ansiedade provoca tensão e impede o envolvimento com as ações do momento. ?Às vezes, as mulheres pensam demais, querem controlar seus atos e agradar muito em vez de se concentrarem em sentir?, afirma a psicóloga e sexóloga do Projeto Afrodite. A dica de Maria Claudia é que as mulheres se entreguem aos toques e também busquem se autoconhecer para aumentar o prazer e, naturalmente, a lubrificação.