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Britânica cria porta-retratos feito com placenta

27/11/2013 19h12

As tradicionais fotos de recém-nascidos podem agora ser colocadas em um porta-retratos feito com a placenta da mãe.

A britânica Amanda Cotton encontrou uma maneira de adicionar pedaços secos e triturados de placenta a moldes preenchidos com resina clara para criar porta-retratos que parecem ser feitos de mármore.

Amanda tem 25 anos e desenvolveu sua técnica antes de se formar em Artes na Universidade de Brighton, no sul da Inglaterra.

  • Porta-retratos feito com pedaços de placenta

"Eu optei por criar objetos que representam momentos na vida de uma pessoa, usando materiais de importância pessoal", Amanda disse à agência de notícias Press Association.

''Em Brighton, eu morei com uma parteira e, por meio dos estudos dela, percebi que a placenta recebia pouca importância, mesmo sendo o elo principal entre a mãe e o bebê durante toda a gravidez."

''É muito comum as pessoas guardarem o cordão umbilical, o primeiro dente e o cabelo do primeiro corte para documentar o progresso do bebê, com fotos e anotações. A placenta é uma das primeiras criações que mães e filhos fazem juntos, por que não celebrar isso com uma lembrança?”, disse Amanda.

Clientes

Para fazer o porta-retratos, ela primeiro ferve e cozinha a placenta inteira, depois a tritura em pequenos pedaços, que são adicionados a um molde com resina e outros materiais.

Um porta-voz da Universidade de Brighton disse que Amanda já recebeu encomendas, uma delas de uma mulher que aguarda a chegada de sua segunda filha no Natal.

Segundo o jornal britânico "The Telegraph", Jarl disse que entende que algumas pessoas possam achar a técnica um pouco nojenta, mas que o que chamou sua atenção foi o uso de material normalmente visto como descartável.

"Terminei um mestrado em design de sustentabilidade na Universidade de Brighton há dois anos, e tenho muito carinho por essas questões."

"Nós precisamos pensar no descartável como matéria-prima que tem um enorme potencial. Por que não usar um resto humano quando for possível?", Jarl disse ao "Telegraph".