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Colar de âmbar usado por filha de Gisele oferece risco ao bebê

Gisele Bündchen com a filha, Vivian, no colo - Reprodução/Instagram
Gisele Bündchen com a filha, Vivian, no colo Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

01/10/2013 11h57

Por volta dos seis meses de idade, é normal que os bebês comecem a ficar irritados, babões, percam o sono e tenham diarreia ou febre por causa do nascimento dos dentes.

Para aliviar o incômodo dos filhos, algumas providências podem ser tomadas. No caso da modelo Gisele Bündchen, mãe de Vivian, 9 meses, o colar de âmbar foi a solução escolhida.

A explicação para o uso do acessório é que o âmbar, que é uma resina, contém ácido succínico. A substância teria propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, cicatrizantes e imuno-estimulantes e por isso atenuaria os desconfortos causados pela erupção dos dentes.

Segundo Paulo César Rédua, presidente da ABO (Associação Brasileira de Odontopediatria), não existe nenhuma evidência científica sobre a eficácia do uso desse colar.

"Cerca de 70% dos bebês passam por problemas na fase da primeira dentição e, apesar de o colar de âmbar ser um mito antigo, ainda não há nenhum estudo sobre ele. A ABO não recomenda", afirmou.

Rédua aconselha um trabalho em conjunto entre o odontopediatra e o pediatra para aliviar os desconfortos da primeira dentição.

"Além da prescrição de analgésicos e anti-inflamatórios, sempre recomendo um fitoterápico à base de camomila e alcaçuz, que é regulador neural, ajuda muito e traz sensação de alívio aos bebês", disse ele. O especialista ainda recomenda o uso de mordedores com líquido dentro, que massageiam a região da gengiva. Colocados na geladeira, esses itens ainda podem anestesiar a área.

Para Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, que tem como objetivo promover a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes até 14 anos, se os pais não abrem mão do uso do colar, é obrigatório vigiar constantemente. A recomendação vale para qualquer tipo de cordão e outros objetos pequenos, como brincos e botões.

"A ONG não recomenda qualquer cordão com mais de 15 centímetros, por risco de estrangulamento. A criança pode dar a volta no próprio pescoço com qualquer corda, mesmo que essa não esteja fechada. Além disso, o contato com pequenos objetos pode causar engasgamento."