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Estudar música na infância ajuda a desenvolver o cérebro a longo prazo

Estudo mostra que iniciar os estudos musicais na infância transforma o cérebro, e essa alteração pode significar avanços cognitivos no futuro - Getty Images
Estudo mostra que iniciar os estudos musicais na infância transforma o cérebro, e essa alteração pode significar avanços cognitivos no futuro Imagem: Getty Images

Relax News

18/11/2013 15h29

Três novos estudos apresentados em novembro de 2013 durante a conferência anual da Society for Neuroscience, em San Diego, na Califórnia, mostraram que aprender a tocar um instrumento na infância pode acentuar a capacidade de processamento de informação do cérebro. 

Caso a criança inicie o aprendizado antes dos sete anos de idade, a experiência pode até aumentar a conectividade entre regiões do cérebro associadas à criatividade.

"A música pode criar pontes alternativas para regiões do cérebro desconectadas ou fora de uso", disse Gottfried Schlaug, diretor do Laboratório de Música e Neuroimagem da Harvard Medical School, durante a conferência. "A música tem o poder singular de navegar por canais alternativos e interligar diferentes áreas do cérebro", afirmou.

Em entrevista ao "The Guardian", Yunxin Wang, membro da Universidade de Pequim e pesquisador chefe de um dos estudos apresentados, declarou que iniciar o aprendizado musical nos primeiros anos de vida transforma o cérebro, e essa alteração pode significar avanços cognitivos no futuro.

O estudo comandado por ele foi conduzido a partir de imagens do cérebro de 48 chineses com  idades entre 19 e 21 anos que estudaram música por, no mínimo, um ano durante a infância. A equipe de pesquisa descobriu que, entre os jovens avaliados, aqueles que tinham começado a estudar música antes dos sete anos de idade apresentavam maior desenvolvimento nas áreas do cérebro associadas à audição e à percepção pessoal.

Em outro estudo, pesquisadores suecos realizaram ressonâncias magnéticas em 39 pianistas orientados a dedilhar um teclado com 12 teclas durante os exames. A principal autora da pesquisa, Ana Pinho, do Karolinska Institute, em Estocolmo, afirmou que os pianistas com experiência em improvisar peças de jazz mostraram maior conectividade entre três importantes regiões do lobo frontal.