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Por segundo filho, Kim Kardashian corre risco de perder o útero

Kim Kardashian e o marido, Kanye West, esperam o segundo filho - Reuters
Kim Kardashian e o marido, Kanye West, esperam o segundo filho Imagem: Reuters

Melissa Diniz

Do UOL, em São Paulo

03/09/2015 10h35

 

Em entrevista à revista americana “C Magazine”, Kim Kardashian, 34 anos, revelou sofrer de uma condição grave, chamada acretismo placentário, que pode levá-la a ter de retirar o útero após o nascimento do segundo filho. O bebê, fruto de seu relacionamento com o rapper Kanye West, deve nascer em dezembro.

Aos seis meses de gestação de um menino, Kim contou já ter passado pelo problema na primeira gravidez. Após algumas cirurgias, ela teria ficado com pequenas lesões na parede uterina, o que causou uma série de dificuldades para conseguir engravidar de novo.

Em outra entrevista à edição norte-americana da revista "Glamour", a socialite disse que decidiu compartilhar sua história após ter conhecido muitas mulheres que enfrentam a mesma situação. Ela revelou que os médicos chegaram a aconselhá-la a arrumar uma barriga de aluguel. Mesmo assim, Kim não desistiu do sonho de ser mãe novamente. Ela e Kanye são pais de North West, de dois anos.

Segundo Alessandra Bedin, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, o problema de Kim é incomum e acomete, em média, uma a cada 2.000 gestantes. “Ao se formar, a placenta adere na parede uterina. Quando a aderência é mais profunda, chama-se acretismo, que pode ser leve, moderado ou severo.” Em casos graves, a penetração pode chegar até a bexiga.

A pré-existência de cicatrizes no útero, causadas por cesáreas, curetagens ou abortamento, natural ou provocado, podem predispor a grávida ao acretismo, assim como a ocorrência da chamada placenta prévia, implantação da placenta na parte mais baixa da cavidade uterina.

Boa parte dos casos não apresenta sintomas, mas podem ocorrer sangramentos no terceiro trimestre da gestação. Exames de ultrassonografia e ressonância magnética ajudam a confirmar o diagnóstico. “Algumas gestantes, no entanto, só descobrem o acretismo no momento do parto, quando a placenta leva mais de meia hora para ser expelida ou não sai totalmente. Nesses casos, costuma haver hemorragia e é preciso removê-la manualmente ou cirurgicamente”, afirma a médica.

Quanto mais profundo o acretismo, maiores as chances de o útero ter de ser retirado também. Embora o bebê esteja seguro sempre, dependendo do grau de severidade, pode haver risco de morte para a mãe. Mulheres que já tiveram o problema em gestações anteriores, como Kim, têm 10% de chances de desenvolver novamente o quadro.