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Saúde do homem também pode complicar gestações; veja entrevista

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10% das mulheres grávidas e 13% das que acabaram de dar à luz sofrem algum tipo de distúrbio mental. Em países em desenvolvimento o índice sobe para 20%.

A depressão seria o comportamento mais comum entre esses distúrbios e requer, na maioria das vezes, interferência psiquiátrica. Ela se difere de baby blues ou tristeza materna, que é uma situação considerada normal e temporária, e atinge cerca de 80% das mulheres.

Depressão pós-parto e perda gestacional foi o tema da transmissão ao vivo da TV Folha nesta quarta-feira (27), com as participações da obstetra e ginecologista do Hospital das Clinicas de São Paulo Albertina Duarte e da especialista em cuidados com bebês e crianças Mariana Alves. A mediação é da blogueira Camila Appel, do Morte Sem Tabu.

Há alguns fatores de risco para se considerar, como passar por quebras de expectativas (ter imaginado o parto perfeito ou não sentir amor imediato pelo bebê), já ter tido depressões prévias e perdas gestacionais.

O momento é de extremo cansaço para mãe, que pode sofrer de transtornos de humor normais em até um mês após o parto. Se o quadro se agrava depois do período, é recomendada a busca por ajuda médica.

A perda gestacional impacta cerca de 10% das mulheres e é sentida como um luto profundo, por mulheres e homens. Entre as causas, Albertina destaca a má-formação do feto, infecções, falta de vitamina (D especialmente) e stress. Ressalta também que a perda pode acontecer devido a infecções presentes no esperma e por isso ser algo não apenas relacionado à saúde da mãe.

Mariana fala em um aumento tanto de casos de depressão pós-parto quanto de perdas gestacionais. Albertina e Mariana concordam que sintomas da sociedade contemporânea estariam associadas a essa realidade, como o stress e a má alimentação.