Estilista John Galliano é julgado culpado por anti-semitismo
Da Redação
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AP Photo/Thibault Camus
John Galliano chega ao tribunal em Paris onde acontece seu primeiro julgamento por acusações de antissemitismo (22/06/2011)
O estilista britânico John Galliano foi julgado culpado na manhã desta quinta-feira (8) em Paris e pagará multa de 6.000 euros (cerca de R$ 14.000). Ele foi acusado de "insultos públicos baseados na origem, religião, raça ou etnia" e sua sentença poderia ter chegado até seis meses de prisão.
Galliano não compareceu à audiência desta quinta (8). A ausência do estilista já havia sido anunciada pelo advogado dele.
A condenação acontece seis meses depois do designer ter sido afastado da direção criativa da Dior e da própria marca, que leva seu nome
ENTENDA O CASO
- Julgamento de Galliano é suspenso e reagendado para 8 de setembro
- Galliano alegará alcoolismo no julgamento por comentários antissemitas
- Alcoolismo de Galliano preocupava Dior antes do incidente antissemita
- John Galliano vai a julgamento no dia 22 de junho
- Galliano acusa advogado de desviar dinheiro
- Estilista é demitido da própria marca
- Dior não tem pressa em substituir Galliano
- Sem Galliano, Dior desfila em clima de luto
- John Galliano pede perdão por sua conduta e nega antissemitismo
- John Galliano é demitido da Christian Dior após dizer que "amava Hitler"
- Polícia interroga Galliano sobre acusações
A marca Christian Dior, que em um princípio suspendeu Galliano de suas funções como diretor artístico, iniciou os trâmites de sua demissão assim que o jornal britânico "The Sun" divulgou um vídeo no qual o estilista, totalmente alcoolizado, dizia "adorar Hitler" e elogiava suas práticas nazistas.
Um mês e meio depois, Galliano foi demitido também da marca que leva seu nome, controlada 91% pela Christian Dior. Na época do incidente, o estilista negou as acusações, mas divulgou comunicado pedindo desculpas sobre seus comentários. "Nego totalmente as acusações contra mim e cooperarei plenamente com a investigação da polícia", declarou o estilista, acrescentando: "Anti-semitismo e racismo não têm lugar em nossa sociedade. Eu peço desculpas pelo meu comportamento se causei alguma ofensa".
Em seu primeiro julgamento, no dia 22 de junho, o estilista confessou dependência em álcool, soníferos e Valium em sua defesa. Além do vicio, o designer apontou a pressão para cuidar de duas marcas (Dior e John Galliano), as mortes do braço direito e amigo Steven Robinson, há quatro anos, e de seu pai, em 2003, como motivos que o levaram a um colapso nervoso.
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