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São Paulo recebe novo reduto do luxo; conheça as marcas que chegam ao país

Área interna do Shopping JK Iguatemi, novo reduto do luxo no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo (22/06/2012) - Leandro Moraes/UOL
Área interna do Shopping JK Iguatemi, novo reduto do luxo no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo (22/06/2012) Imagem: Leandro Moraes/UOL

Amanda Zacarkim

Do UOL, em São Paulo

22/06/2012 16h14Atualizada em 22/06/2012 18h12

Conceituadas grifes internacionais de moda, joias e acessórios acabam de desembarcar no Brasil para deixar o mercado de luxo ainda mais diversificado e tentador. Sua chegada é marcada pela abertura do Shopping JK Iguatemi, que abre suas portas em São Paulo nesta sexta-feira (22), após meses de espera e vai-e-vem com CET e prefeitura.

O professor de história da moda João Braga ajuda a contextualizar esse mercado em expansão no país. “O produto de luxo é caracterizado por aspectos artesanais, mesmo que seja produzido em série. Ele tem um conceito elaborado e é feito com materiais e processos de qualidade, que proporcionam a consciência de exclusividade, design e de um alto valor cultural agregado”, diz. O frisson é explicado, segundo João Braga, porque essas grifes proporcionam uma experiência nova. “O luxo lida muito com o aspecto inspiracional e é mais voltado para o desejo do que para a necessidade”, afirma ele.

Silvio Passarelli, professor diretor do Programa de Gestão do Luxo da FAAP, explica que as condições para esse marcado se desenvolver no Brasil surgiram há menos de 20 anos. Antes disso, “havia uma cultura reprimida de marcas que estavam somente no imaginário das pessoas”, diz.

Com a inauguração do JK, nomes como Prada, Lanvin, Miu Miu e Tory Burch, além da rede de fast-fashion mais difundida no mundo, a Topshop, chegam ao alcance dos brasileiros sem necessidade de viagens ao exterior. A seguir, você conhece a importância dessas e de outras grifes internacionais luxuosas que abrem suas portas no país.

Prada*
Sinônimo de glamour no mundo todo, a grife italiana dirigida por Miuccia Prada e Patrizio Bertelli ganhou fama entre as pessoas menos antenadas em moda depois do filme “O Diabo Veste Prada”, em que a editora da trama faz referência a Anna Wintour, a toda-poderosa responsável pela “Vogue” América e devota da marca. Desde sua fundação – em Milão, no ano de 1913 –, a Prada é especialista em acessórios de luxo, feitos em couro e peles sofisticadas. No fim da década de 1970, com Miuccia assumindo o negócio da família, a grife começou a criar produtos mais arrojados, com roupas que fugiam da sensualidade óbvia, cheias de linhas retas e tecidos com inovações tecnológicas.

“A Prada ainda é uma marca ‘puro sangue’, com sua formação familiar original. Tem DNA próprio, clientela fiel e está no topo superior das grifes desejadas pelas pessoas”, comenta Silvio Passarelli.

Miu Miu*
Lançada em 1993, é a segunda linha da Prada, batizada com o apelido de Miuccia. Mais jovem, é associada a produtos mais acessíveis, para os padrões da marca principal. Mas nem por isso deixa de lançar tendências e objetos de desejo que se tornam icônicos no mundo da moda, como óculos, bolsas e sapatos coloridos e com um toque de ousadia.

  • Divulgação

    Campanha institucional de lançamento do shopping JK, fotografada por Mario Testino em São Paulo

Lanvin
Idealizada pela francesa Jeanne Lanvin em 1890, a empresa que leva o nome da criadora foi fundada em 1909, ano em que Jeanne entrou para a Câmara da Alta-Costura de Paris, deixando de fazer apenas vestidos de inspiração oriental para mães e filhas. “É uma grife chique, bem desenhada e com acabamento impecável, tem uma linha completa com roupas sociais, esportivas e fragrâncias”, define Passarelli. Lanvin está sob o comando do estilista e diretor criativo israelense Alber Elbaz há 10 anos.

Topshop*
A rede de fast-fashion conhecida mundialmente surgiu em 1964 dentro da pequena rede de lojas britânica Peter Robinson e se tornou independente 10 anos depois. Rival de marcas como a espanhola Zara e a sueca H&M, a Topshop se tornou especialista em roupas modernas a preços acessíveis, além de coleções-cápsulas assinadas por estilistas renomados como Stella McCartney e Alexander McQueen.

Nicole Miller e Paula Cahen D’Anvers
A estilista norte-americana Nicole Miller faz sua estreia no Brasil com o Shopping JK. No mercado desde 1986, quando abriu sua primeira loja na avenida Madison, em Nova York, ela é conhecida por seus vestidos com mix de cores e estampas que valorizam o corpo da mulher.
A marca argentina Paula Cahen D’Anvers é outro novo nome que merece destaque. O foco da grife está nas peças de alfaiataria com modelagem básica, com uma vasta linha de camisaria, tricôs, jeans e peças de algodão.

Tory Burch
Os acessórios da marca norte-americana criada em 2004 e liderada pela designer homônima estão presentes em 17 lojas espalhadas pelo mundo - e outras 46 nos Estados Unidos. A estreia no Brasil prevê uma seleção de produtos composto por roupas femininas de prêt-à-porter, bolsas, sapatos, óculos, joias e pequenos artigos em couro.

IWC, Panerai e Jaeger-LeCoultre
Os relógios da IWC (das iniciais de International Watch Company) possuem mais de 140 anos de tradição, com modelos clássicos colecionados por pilotos, militares e milionários ao redor do mundo. A marca suíça foi criada em 1868 para mesclar habilidade artesanal com avançadas tecnologias.

A Panerai, outro nome consagrado no mercado de luxo, é uma grife de relógios suíça de origem italiana que existe desde 1900. Os produtos têm traços robustos, com modelos inspirados na marinha Italiana.

Com 45 lojas espalhadas pelo mundo, a empresa suíça Jaeger-LeCoultre, fundada em 1833, criou os menores mecanismos do mundo e invenções que consagraram seus relógios.

O shopping fica na avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 2.041, Itaim Bibi. O horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 10h30 às 22h, e aos domingos, das 14h às 20h.

Miu Miu, Prada e Topshop não abrem nesta sexta, assim como a gigante de cosméticos Sephora, um dos carros-chefe do JK. A justificativa é que as marcas aguardam a chegada de novos produtos. Em comunicado oficial, a Topshop declarou que deseja manter o padrão de lançamentos simultâneos nas lojas mundiais da rede.