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Após um mês no Brasil, Forever 21 continua cheia; dica é ir pela manhã

Manequins no interior da primeira Forever 21 brasileira, localizada no Shopping Morumbi, em São Paulo - Reprodução/Instagram
Manequins no interior da primeira Forever 21 brasileira, localizada no Shopping Morumbi, em São Paulo Imagem: Reprodução/Instagram

Camila Saipp

Do UOL, em São Paulo

18/04/2014 08h21

Com a sedutora promessa de oferecer roupas baratas, de boa qualidade e dentro das últimas tendências, a Forever 21 chegou ao Brasil há pouco mais de um mês, completados no dia 15 de abril, causando alvoroço entre as mulheres. Após a histeria inicial, a procura continua alta em sua primeira loja no país, localizada no Shopping Morumbi, em São Paulo, com reposição diária para dar conta da voracidade das brasileiras. A marca abriu também uma filial no Rio de Janeiro uma semana após a chegada à capital paulista.

Para quem quer ver araras mais cheias, a dica das vendedoras em São Paulo, é visitar a loja pela manhã. Os fins de semana também devem ser evitados: em alguns casos, todo o estoque separado para atender à demanda de dois dias acaba no domingo antes do sol se pôr. A reposição é feita quando a loja fecha suas portas.

A rede, que tem sede em Los Angeles e conta com filiais em cidades como Nova York, Londres, Berlin, Viena, Paris e até nas vizinhas Santiago e Bogotá, é conhecida mundialmente pelos preços baixos e pela enorme quantidade de produtos. Uma regata nos Estados Unidos, por exemplo, pode ser comprada por US$ 4 dólares, um vestido, por U$ 8 e uma calça jeans, por U$ 7.

Atraídas por esse apelo tentador, brasileiras de todos os cantos da cidade formaram uma fila de, em média, três horas só para entrar na loja em seu primeiro dia de funcionamento. Nas duas semanas seguintes, a histeria continuou e as filas não paravam de aumentar. No sábado posterior à inauguração, as pessoas esperaram até seis horas para conseguir entrar na Forever 21.

Estoque não deu conta

Como prometido, as roupas vieram com preços mais baixos do que as concorrentes do mercado de fast-fashion, oferecendo regatas básicas a R$ 8,90, calças jeans a R$ 35, vestidos a R$ 44,90 e saias a R$ 21,90. Nos primeiros 15 dias, as peças também foram repostas com a rapidez necessária, mantendo as araras cheias e com várias opções de cores e tamanhos.

Porém, a partir do final da terceira semana de vendas, a loja começou a sofrer com o seu próprio sucesso. A reportagem do UOL esteve no Shopping Morumbi na quinta-feira passada (10) e pôde conferir que as araras, antes repletas de vestidinhos e saias floridas, camisetas com estampas divertidas e calças com lavagens diferentes, já não contavam mais com a mesma oferta de produtos. O que havia sobrado eram justamente as peças mais caras do estoque.

“Eu vim porque minhas amigas estiveram aqui há uma semana e compraram peças lindas e superbaratas. Cheguei procurando os vestidinhos floridos que elas disseram que tinham visto e não encontrei nada que me atraísse. As araras parecem vazias, as opções de cores e modelos não são muitas e quase tudo o que sobrou está acima de R$ 80”, disse a estudante Maria Carolina Silveira, que pretende voltar à loja assim que as roupas forem repostas.

“A loja trouxe um estoque para durar três meses em São Paulo, mas ele acabou bem mais rápido do que o esperado e agora nós temos que aguardar a próxima remessa de roupas chegar”, explicou uma vendedora.

Segundo outra cliente, a comerciante Mariana Costa, que esteve na loja no dia da inauguração e na semana passada, o que ela viu foram duas Forever 21 diferentes. “Na primeira vez em que eu vim, cheguei às 6h da manhã e consegui comprar muita coisa. Encontrei camisetas com várias estampas diferentes, moletons, vestidos, calças jeans, etc. tudo por, no máximo, R$ 60 cada peça. Hoje tudo o que vi foi mais caro do que isso. Se na primeira vez queria comprar várias coisas, hoje gostei de pouquíssimas, não achei quase nada bonito”, disse.

Contatada pelo UOL, a relações públicas da marca, Rimma Kronfeld, disse que o grupo "sentia muito ter causado inconvenientes ou decepção aos clientes brasileiros", mas afirmou que novas roupas estão chegando. “Estamos muito felizes com a resposta que recebemos de nossos fãs brasileiros com a abertura de nossas lojas. Recentemente fomos informados de que nosso estoque está quase no fim em nossa loja no Shopping Morumbi, por isso, pedimos desculpas aos consumidores e garantimos que uma nova remessa de mercadorias já foi liberada e está a caminho do Brasil”. A marca, no entanto, não quis comentar a possibilidade de produzir suas peças localmente para ganhar agilidade nem quais são os itens mais vendidos.

Nova coleção foca inverno

Para verificar se as araras receberam uma nova remessa de roupas, a reportagem voltou à loja na noite desta quarta-feira (16). As peças leves e estampadas foram substituídas por looks mais sóbrios e pesados para o inverno.

A maior oferta é de malhas e tricôs, com valores entre R$ 50 e R$ 111. As parcas saem por R$ 120 a R$ 180. Para quem ainda quer aproveitar peças para os dias quentes, as opções estão restritas a vestidos por R$ 40 ou tops cropped, a R$ 25.