Topo

Mercado plus size investe cada vez mais em tendências; conheça as marcas

Danielle Cerati

Do UOL, em São Paulo

09/04/2015 09h41

Há alguns anos, roupas para gordos geralmente tinham uma cara senhoril e costumavam ser largas, de malha e em cores escuras. Hoje isso mudou e embora ainda haja carência no segmento de moda plus size, o mercado vem se atentando a um perfil de consumidor cada vez mais exigente e antenado.

Marcas têm se especializado na confecção de peças maiores inspiradas nas tendências mundiais, porém sem se esquecerem de atender às necessidades funcionais e adequações que sua clientela anseia. "Vejo cada vez mais empresas lançando linhas especiais. Sendo otimista, acredito que em 30 anos todas as marcas serão ‘all sizes’ e o termo ‘plus size’ não será mais necessário", diz Flávia Durante, criadora do Bazar Pop Plus Size, evento que acontece a cada três meses em São Paulo e reúne grifes autorais com espirito jovem e criativo para quem veste acima do 44.

Um dos responsáveis por esta mudança são as blogueiras de moda GG, que começaram a montar e postar looks realmente produzidos e descolados, mostrando que as gordinhas também podem ter estilo próprio e não simplesmente vestir uma calça legging com uma bata enorme. “A mulher contemporânea acordou e viu que ela não está errada por não se encaixar em um padrão. Errado está quem perpetua esta ideia e limita a diversidade”, completa Flávia Durante.

Além dos blogs, a internet ainda conta com lojas especializadas em tamanhos grandes que vêm se multiplicando. “A vantagem de comprar online, é que você não tem vendedora chata empurrando uma roupa que você sabe que não cairá bem. Você tem a opção de comparar preços e tirar dúvida pelas redes sociais. Além disso, é uma boa opção para quem mora longe dos centros urbanos e não dispõe de lojas especializadas por perto”, enfatiza Renata Poskus, consultora de moda e diretora do Fashion Weekend Plus Size, temporada de desfiles que integra o calendário de moda brasileira.

Para atender a este público, não basta apenas aumentar a quantidade de tecido. É preciso adaptar as peças fazendo cós que não enrolem quando a pessoa se senta, reforçando costuras para que não esgarcem no primeiro uso, escolhendo materiais adequados, que não marquem demais as gordurinhas ou fiquem transparentes a qualquer agachamento, que sejam confortáveis ao toque e possuam recortes e costuras que favoreçam o melhor aproveitamento do tecido e de sobras.