Sinhá Moça estréia e traz figurino de época para o horário das seis
Colaboração para o UOL
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Divulgação
Débora Falabella, protagonista da novela Sinhá Moça
Os anos em que se passam a novela foram marcados pela vasta opulência no vestir. Assim, homens e mulheres - especialmente elas - de alto poder social e econômico eram vestidos com elegância e exibiam sua riqueza em luxuosos trajes.
Suas roupas eram marcadas pela ostentação e pelo excesso de adornos. As mulheres ricas do século XIX no Brasil tinham de obedecer a uma severa, com uso obrigatório dos espartilhos, que demarcaram a silhueta feminina em S - busto pronunciado, cintura extremamente fina e saias amplas, muitas vezes estruturadas com crinolinas e anquinhas, o que normalmente lhes restringia o movimento.
As regras eram rígidas e a moda era um forte indício de classe, posição social e idade. Afastar-se das imposições da moda era como a aproximar-se do ridículo social. As damas de refinada educação eram obrigadas a seguir ditames que padronizavam seu comportamento e as restringiam aos afazeres domésticos. O número de toaletes na época devia ser obedecido: quatro trocas de roupas diárias - para a manhã, para a tarde, para o chá e para a noite - uma tarefa laboriosa e delicada, que sempre exigia a ajuda de uma criada de quarto, responsável por espartilhar cuidadosamente as suas "senhoras".
O contraponto, na época, era marcado no figurino dos escravos, que usavam branco e tecidos naturais em roupas que tinham a função única de cobrir o corpo, sem permissões para o uso de enfeites - restritos aos senhores da casa grande.
Em "Sinhá Moça", a roupa dos escravos segue a mesma concepção, porém com o uso de alguns tecidos mais elaborados que não condizem com a extrema pobreza em que viviam.
No que diz respeito ao núcleo rico da novela, o figurino produzido por Helena Gastal é muito bem elaborado, digno de uma grande novela. (Geovanna Morcelli)