Pedro Rodriguez, um dos principais nomes da alta-costura espanhola do século 20, ganha mostra em Barcelona
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Divulgação
Pedro Rodriguez assina peças do guarda-roupa de socialite, em exposição em Barcelona
A trajetória do estilista espanhol Pedro Rodrigues é narrada por meio de sua amizade com a socialite Maria Brillas na exposição “Qué me pongo?”, em cartaz no Museu Têxtil e da Indumentária, em Barcelona. A mostra, que fica aberta ao público até 11 de abril, traz 50 modelos criados por um dos mais importantes estilistas espanhóis do século 20, garimpados no guarda-roupa de sua amiga, confidente e uma de suas principais clientes.
Nascido no início da década de 1920, Pedro Rodriguez foi o primeiro estilista a estabelecer a alta-costura espanhola, apresentando suas criações nos manequins das principais socialites da época. Apuro estético, utilização de materiais nobres e técnica minuciosa equipararam seu trabalho ao de seu contemporâneo Cristóbal Balenciaga.
Pedro Rodriguez: estilista ganha mostra em Barcelona
Veja Álbum de fotosFoi neste contexto da época de ouro da aristocracia espanhola que conheceu Maria Brillas. A socialite de família nobre e casada com um importante empresário desempenhava importantes papéis sociais como anfitriã, representante da família e relações públicas de seu marido. O vestuário ocupava, então, um papel central em sua vida, destacando-se a especial relação que mantinha com seu guarda roupa. “Meu closet é meu escritório”, costumava dizer. Não apenas porque abrigava sua considerável coleção de roupas, sapatos e acessórios, mas porque era onde costumava tomar importantes decisões do dia a dia.
Aficionada pelos detalhes e pela qualidade das roupas que usava, Brillas estabeleceu com Pedro Rodriguez um relacionamento que viria a ser um dos mais duradouros entre cliente e estilista no mundo da moda. Compartilharam intimidades, festas e até momentos difíceis, como os anos em que foram juntos, acompanhados de suas famílias, para o País Basco, fugindo da Guerra Civil Espanhola.
Em 2008, cerca de 340 peças de seu guarda roupa assinadas pelo estilista , produzidas entre 1932 e 1980 e em perfeito estado de conservação, foram doadas ao Museu Têxtil e da Indumentária de Barcelona, em uma ação avaliada em mais de 1,5 milhão de euros.
Museu Têxtil e da Indumentária de Barcelona
Calle Montcada, 12 - Barcelona
Entrada franca