Em SP, 81% dos bares já se adaptam à lei antifumo

São Paulo - De cada dez bares e restaurantes de São Paulo que receberam a visita da blitz caça-fumaça, oito já iniciaram o processo de adaptação à lei antifumo. O índice de 81% de adequação à legislação (que determinou a proibição do uso do cigarro em ambiente fechado e baniu os fumódromos) foi calculado pelo governo do Estado, após balanço feito nos primeiros cinco dias da operação educativa antitabaco - que estreou no início deste mês e se estende até o dia 31. No período, foram visitados 3.861 estabelecimentos do tipo, em 30 cidades paulistas.

A retirada de cinzeiros das mesas internas, o treinamento dos funcionários para abordar os clientes que acenderem o cigarro ou a colocação de adesivos indicativos sobre a proibição do fumo foram os quesitos que renderam a entrada do estabelecimento comercial na categoria "em adaptação". A correria para se enquadrar às normas é explicada porque o prazo para a lei não render punição a infratores se aproxima do fim.

A partir de 7 de agosto, o local que permitir o fumo poderá receber multa de até R$ 3 mil. Até bitucas ou indício de fumaça podem servir como evidência. A reincidência levará à suspensão de atividades por até 30 dias (renováveis). A capital recebeu o maior número de blitze educativas (36,7%).

A Secretaria de Estado da Saúde, autora do levantamento sobre a adequação dos bares e restaurantes visitados (e uma das pastas responsáveis pela fiscalização da lei antifumo) encarou com otimismo o dado de 81% . Para o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas, a aceitação da população ao banimento do cigarro em ambiente coletivo é a garantia da efetividade da legislação. Para ele, a lógica é a mesma da Lei Cidade Limpa, que proibiu outdoors e mudou as fachadas na capital paulistana. "Também não existem milhares e milhares de fiscais para a Cidade Limpa. Mas a lei pegou por causa do amplo apoio popular. É isso que vai acontecer agora com a lei antifumo", acredita. A população poderá contribuir com denúncias pelo site http://www.leiantifumo.sp.gov.br ou por um telefone que será ativado no próximo mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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