Mais um casarão na avenida Paulista, em SP, será demolido

  • 1974/Folhapress

    A obra na avenida Paulista, iniciada em 1972, previa o alargamento em 48 m, melhorias urbanas e a construção de uma nova linha de metrô. Com o tempo, a via perdeu seus casarões

    A obra na avenida Paulista, iniciada em 1972, previa o alargamento em 48 m, melhorias urbanas e a construção de uma nova linha de metrô. Com o tempo, a via perdeu seus casarões

São Paulo - Mais um casarão da avenida Paulista, em São Paulo, será demolido para dar lugar a um arranha-céu comercial. Trata-se da residência Dina Brandi Bianchi, vizinha da Casa das Rosas, construída na década de 1920. Na tentativa de evitar a demolição, ONGs buscam apoio de órgãos do patrimônio e farão uma manifestação no sábado (22).

Em 30 anos, a Paulista perdeu pelo menos 25 imóveis que serviram de moradia à elite econômica nas primeiras décadas do século passado. No número 91, o casarão foi adquirido pela construtora Even no início do ano. A autorização para a construção do edifício foi dada em maio.

No dia 30 daquele mês, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) autorizou a "construção de edifício comercial", segundo ata da reunião dos conselheiros. A autorização é necessária por se tratar de uma construção vizinha de patrimônio tombado, a Casa das Rosas.

Em 1982, o próprio Condephaat manifestou a vontade de iniciar um estudo de tombamento para os 31 casarões que existiam na via. O anúncio fez os proprietários dos imóveis se apressarem para vendê-los, com medo de correr o risco de não conseguir mais negociá-los. Hoje, só restam seis casarões na via.

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