Financiamentos superam pagamento à vista na aquisição de imóveis em SP
SÃO PAULO – O financiamento superou as compras à vista na aquisição de imóveis usados na capital paulista. Em abril, 50,15% dos imóveis vendidos foram por meio de financiamento, contra 49,57% à vista, de acordo com o Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).
"O financiamento é é o grande motor da expansão sustentada do mercado de imóveis usados, daí nossa torcida para que seja ampliado e possa alcançar maiores parcelas da população", declarou o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.
Em abril, a Caixa Econômica Federal foi responsável por 29,11% desses financiamentos, enquanto as demais instituições responderam por 21,04% dos imóveis. Em março, a CEF representava 51,82% dos financiamentos da capital.
“Embora a Caixa seja líder absoluta desse mercado, ela, sozinha, não consegue, evidentemente, dar conta de atender toda a demanda por financiamentos, sendo essencial que os demais bancos ampliem sua participação e passem a ser mais dinâmicos e competitivos na oferta de crédito imobiliário", declarou Viana. "O ideal é que eles passem a ter uma atuação tão agressiva e competitiva quanto a que exibem no mercado de imóveis novos”, completou.
No mês, 0,29% das vendas foi paga diretamente aos proprietários e não houve registro de compra por consórcios.
Altas e baixas nos preços
O preço dos imóveis usados na cidade de São Paulo subiu 4,61% em abril deste ano em relação a março, segundo números levantados pelo Creci-SP. Esse foi o terceiro mês seguido de desempenho positivo no setor, com 347 casas e apartamentos vendidos no mês - 27,13% a mais que no mês anterior.
Baseado nos números de 465 imobiliárias, o Creci-SP registrou aumento de preços médios em 14 tipos de imóveis e baixa em oito. O que mais aumentou foi o apartamento de padrão médio, com oito a 15 anos, localizado na Zona B (Aclimação, Alto da Lapa, Brooklin, Cerqueira César e Chácara Flora, entre outros), que quase dobrou de preço: de R$ 1.912,93 em março para R$ 3.775 – alta de 97,34%.
O preço que mais baixou foi também de o de apartamentos de padrão médio, porém daqueles com mais de 15 anos, localizadas na Zona A (Higienópolis, Itaim Bibi e Jardim América), indo de R$ 3.286,21 registrados em março para R$ 2.028,47 em abril – queda de 38,28%.