Imóveis usados na capital paulista valorizam 11 vezes mais que inflação
SÃO PAULO – Os preços dos imóveis usados na cidade de São Paulo aumentaram 39,64% entre janeiro e setembro deste ano, o que representa uma valorização 11 vezes maior do que a inflação do período, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Creci-SP.
“Esse número mostra o potencial de valorização dos imóveis e a oportunidade de se fazer bons investimentos no setor”, afirmou o presidente da entidade, José Augusto Viana Neto, acrescentando que essa tendência deve se manter. “Enquanto houver maior demanda que oferta, e nós temos em São Paulo um deficit estimado em 1,5 milhão de moradias, os preços tenderão a subir, independentemente das flutuações mensais nas operações de compra e venda”.
Considerando somente o mês de setembro, os preços dos imóveis caíram 5,81%.
O levantamento mostra também que 286 casas e apartamentos usados foram vendidos no mês retrasado na capital paulista, levando o índice de vendas a fechar em 0,5386. O número é 19,71% superior ao de agosto.
Imóveis acima de R$ 200 mil são preferidos
Os imóveis de valor superior a R$ 200 mil tiveram a preferência dos compradores, ao registrar 54,01% das vendas em setembro. Já na faixa de preço inferior a R$ 200 mil, os mais procurados foram os de R$ 161 mil a R$ 180 mil, conforme mostra a tabela a seguir:
Valor do imóvel (R$) | Percentual |
até 40 mil | 0,36% |
de 41 a 60 mil | nulo |
de 61 a 80 mil | 1,46% |
de 81 a 100 mil | 8,03% |
de 101 a 120 mil | 4,74% |
de 121 a 140 mil | 8,03% |
de 141 a 160 mil | 5,47% |
de 161 a 180 mil | 9,12% |
de 181 a 200 mil | 8,76% |
acima de 200 mil | 54,01% |
Fonte: Creci-SP
A maioria das vendas foi realizada com financiamento, sendo 34,27% delas por meio da Caixa Econômica Federal e 18,53% por outros bancos. Já as vendas à vista representaram 44,06% e as negociações diretamente com o proprietário, 3,15%. Não houve vendas por meio de consórcio em setembro.
O Creci-SP aponta ainda que as imobiliárias pesquisadas comercializaram mais apartamentos (59,09%) do que casas (40,91%).