Especulação imobiliária próximo ao "Fielzão" merece atenção

SÃO PAULO – Quem pretende comprar um imóvel próximo ao estádio do Corinthians, popularmente chamado de “Fielzão”, para fins de investimento, deve pensar com carinho e muita atenção sobre o assunto.

Isso porque, segundo o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do estado de São Paulo), José Augusto Viana Neto, após a realização da Copa Mundo, pode ser que os imóveis da região não mantenham o mesmo percentual de valorização.

“Hoje, com a especulação imobiliária, se fala de valorização em torno de 30%, mas esse percentual não deve se manter depois da Copa, sendo que o investidor pode ter algum prejuízo. Certamente, haverá uma valorização consequente da melhora da infraestrutura urbana, mas estádio, no geral, gera desvalorização, pois representa barulho, traz flanelinhas, entre outros inconvenientes”, explica.

Preços
Pesquisa realizada em setembro do ano passado pelo Creci-SP mostra que os bairros próximos ao estádio, como Artur Alvim, Ermelindo Matarazzo e Vila Industrial, tiveram valorização de 36,06% no valor do metro quadrado das casas, entre 2009 e 2010, passando de R$ 1.469,96 para R$ 2 mil.

Já o ritmo de valorização dos apartamentos, no período, foi menor, de 9,83%, passando de R$ 1.410,18 para R$ 1.548,75.

Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, conforme análise do Secovi-RJ (Sindicato da Habitação), com os investimentos em infraestrutura, visando preparar a cidade para os eventos esportivos (Copa do Mundo e Jogos Olímpicos), somados à execução de uma política eficiente de segurança pública, a valorização imobiliária tornou-se inevitável, passando de 60% em alguns bairros, em apenas um ano.

Os bairros de Vila Isabel, o Centro do Rio e a Tijuca são exemplos de localidades que valorizaram mais de 60%, entre junho do ano passado e este ano, com incremento no valor do metro quadrado de 67,6%, 66,7% e 61%, respectivamente.

Outros bairros com valorização acima de 50% são Lagoa (59,7%), Copacabana (57,6%), Ipanema (53,8%) e Gávea (53,7%).

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