Aumento da violência não impacta preços de imóveis, diz especialista

São Paulo - Nos últimos meses, muitas são as notícias de roubos a casas e apartamentos em bairros nobres da cidade de São Paulo. Diante de tais eventos, além da sensação de insegurança, fica a pergunta: será que o aumento da violência impacta no preço dos imóveis?

De acordo com o diretor de comercialização e marketing do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Luiz Fernando Gambi, a resposta para tal pergunta é negativa. Gambi explica que a violência só é refletida nos preços da habitação quando já faz parte do lugar, fazendo com que tais localidades tenham menor valor.

“No mercado não se nota variação de preços nos imóveis por conta de casos pontuais. A violência só impacta quando é endêmica”, diz.

Gambi faz uma ressalva, contudo, quando se tratam de imóveis que foram locais de tragédias. Neste caso, explica, as propriedades perdem a liquidez, ou seja, o proprietário tem dificuldades para encontrar comprador para o imóvel.

O que afeta?
De modo geral, explica o diretor do Secovi-SP, o que afeta os preços dos imóveis de uma determinada região são as grandes intervenções públicas ou privadas, como a construção de uma avenida, supermercados ou shopping centers.

Nestas situações, os imóveis mais próximos às novas construções tendem a desvalorizar entre 10% e 15%, dependendo da intervenção, enquanto que aqueles um pouco mais afastados, como a uma quadra de distância, por exemplo, demonstram valorização também de 10% a 15% em relação ao valor comercializado antes das construções.

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