Guindaste faz MP embargar obra de megaempreendimento em São Paulo

São Paulo - A construção do megaempreendimento milionário que abrigará uma torre comercial de até 20 andares e um complexo gastronômico e cultural no Itaim-Bibi, na zona sul da capital paulista, foi embargada anteontem pela Subprefeitura de Pinheiros, a pedido do Ministério Público Estadual (MP), com base no Código de Obras do Município.

O MP considerou que partes da estrutura das duas gruas (guindastes) e torres com mais de 9 metros de altura instaladas dentro do terreno, mas que se movimentavam sobre as vias públicas, colocam em risco pedestres e motoristas que circulam por ali. Os equipamentos estão instalados logo após o tapume da construção, na divisa entre o terreno e a Avenida Faria Lima. No trecho da calçada na frente do empreendimento há um ponto de ônibus.

A construção fica em uma das regiões da capital mais cobiçadas pelo mercado imobiliário, o quadrilátero formado entre a Avenida Brigadeiro Faria Lima e as Ruas Horácio Lafer, Aspásia e Iguatemi. A promotora de Habitação e Urbanismo Mabel Schiavo Tucunduva Prieto de Souza abriu procedimento no MP para embargo dos equipamentos e enviou ofício no dia 5 ao prefeito Gilberto Kassab (DEM), reiterando à administração municipal a máxima urgência na paralisação da obra.

Mabel já havia enviado e-mails e telefonado anteriormente ao subprefeito da região, Geraldo Mantovani, sem sucesso. No procedimento, ela afirma que não foi feita, pelos responsáveis do empreendimento, nenhuma plataforma de segurança para proteger as pessoas que transitam diariamente pelo local. "Elas são colocadas em situação de risco injustificável", alegou.

A reportagem entrou em contato, ontem à tarde, com a assessoria da empresa que vai comercializar as unidades, a CB Richard Ellis, para saber se os responsáveis já haviam recorrido contra o embargo. O diretor José Albuquerque, da Brookfield, indicado pela assessoria para conversar com a reportagem, não havia retornado as ligações. Até a noite de ontem, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras também não havia se manifestado sobre o embargo. As informações são do Jornal da Tarde.

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