Em SP, Largo da Batata só fica pronto no meio de 2011
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Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem
Obra da estação Faria Lima, da Linha 4 do Metrô, no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo
São Paulo - O Largo da Batata, que deveria estar revitalizado até o fim do ano, vai esperar mais seis meses para deixar de ser o patinho feio de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Pela terceira vez, a Prefeitura mudou o prazo do fim das obras, estendendo-o até o fim do primeiro semestre de 2011.
Assinado pelo arquiteto Tito Lívio Fracino, o projeto de reconversão urbana do Largo da Batata é de 2001. Orçada em R$ 67 milhões, a obra só começou em agosto de 2007, com conclusão prevista para outubro de 2009. Hoje, o valor da obra não sai por menos de R$ 100 milhões e o prazo, estendido para dezembro de 2010, foi novamente prorrogado, desta vez, diz o gerente de Obras da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), Norberto Duran, por "problemas com desapropriação". "Alguns casos ainda estão na Justiça", explica.
Imóveis estão sendo desapropriados para a construção de uma esplanada, que vai do Largo da Batata até o Largo de Pinheiros. Já para o aumento de 49,25% nos gastos, a justificativa são os reajustes mensais da obra.
A revitalização contempla ainda novo traçado da Avenida Brigadeiro Faria Lima, calçadões com acesso controlado nas Ruas Pedro Cristi, Martim Carrasco e um trecho da Cardeal Arcoverde, além da construção de uma estação intermodal na Rua Capri, que integrará o terminal de ônibus com a estação Pinheiros da Linha Amarela do Metrô e a Linha Esmeralda da CPTM. Até o fim do ano, Duran afirma que entregará a Faria Lima reconfigurada, o trecho da esplanada até a Rua Fernão Dias e o terminal de ônibus. "Todo o entorno do Largo da Batata ficará para o primeiro semestre de 2011."
No canteiro de obras, trabalhadores dizem que prazos não serão cumpridos. "O foco agora é o terminal de ônibus. Concluiremos a reconfiguração da Faria Lima para facilitar o trânsito e o resto ficará parado", disse um funcionário da empreiteira carioca Christiani-Nielsen, que não quis ser identificado. Procurada, a empresa não comentou. As informações são do Jornal da Tarde.