SÃO PAULO – O preço dos imóveis usados na cidade de São Paulo subiram 18,36% no primeiro trimestre deste ano. O aumento foi nove vezes superior à inflação do período, calculada em 2,06% pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

O aumento no preço médio do metro quadrado dos imóveis na capital foi de 14,14% em janeiro. Em fevereiro, houve queda de 1,86%, e em março, alta de 5,66%, segundo números levantados pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).

“Os números mostram a recuperação da economia, pois as vendas aumentaram, puxando os preços para cima, mesmo com as restrições representadas pelo financiamento ainda caro e praticamente concentrado em um único banco”, declarou o presidente do Creci-SP, responsável pelo estudo, José Augusto Viana Neto.

Em março, a Caixa Econômica Federal foi responsável por 51,82% dos 253 imóveis vendidos pelas 431 imobiliárias pesquisadas pelo Creci. Os demais bancos somaram 1,21% do total de vendas. “Os financiamentos da Caixa superaram até as vendas feitas à vista, com 46,96% dos contratos assinados nas imobiliárias consultadas”, aponta o levantamento. No mês, não houve registro de vendas por pagamentos parcelados pelos proprietários.

Altas e baixas

As casas e apartamentos com preço superior a R$ 200 mil concentram 55,06% das vendas no terceiro mês deste ano. A maioria delas (30,03%) ocorreu em bairros classificados como Zona B (Aclimação, Alto da Lapa, Brooklin, Cerqueira César e Chácara Flora, entre outros).

Houve aumento no preço médio do metro quadrado em dez tipos de imóveis pesquisados e queda em outros sei tipos. O que mais aumentou foi o apartamento de padrão médio, com mais de 15 anos, localizado na Zona B – subindo de R$ 2.090,58 em fevereiro para R$ 3.249,10 em março – alta de 55,42%.

O preço que mais baixou foi o de casas com mais de 15 anos, localizadas na Zona C (Lapa, Mandaqui, Mirandópolis e Mooca), indo de R$ 2.576,73 registrados em fevereiro para R$ 1.730,70 em março – queda de 32,83%.