SÃO PAULO – A cidade de São Paulo precisará passar por um processo de verticalização habitacional para suprir a falta de espaço determinante para mais construções de moradias no município.

Esse é o desafio do novo PMH (Plano Municipal de Habitação) da prefeitura de São Paulo, projeto ainda em fase de análise, dedicado à formatar as metas para construção e adequação de casas populares até 2024, segundo informações da Agência Brasil.

Para a construção das casas, porém, seriam necessários 37 milhões de metros quadrados em terrenos. No entanto, de acordo com o secretário de Habitação, Ricardo Pereira Leite, São Paulo não tem disponível esse espaço.

Na avaliação do secretário, pelo menos 740 mil novas moradias são necessárias para atender à população sem casa própria da região, das quais 133 mil seriam dirigidas às famílias que vivem hoje em áreas de risco. Outras 706 mil residências seriam construídas nos próximos 15 anos.

Alternativa

Leite sustenta que a alternativa mais viável para o problema é a construção de prédios para moradia popular. Segundo ele, os edifícios aproveitam melhor os terrenos e ainda podem trazer para regiões centrais parte da população que vive em áreas periféricas.

Além disso, diz ele, a reocupação do centro por famílias mais pobres faz parte dos planos da prefeitura. Na parte central de São Paulo, o acesso a serviços públicos, bem como as chances de conseguir emprego, são mais fáceis.

“Está sendo feito um investimento enorme para expansão do metrô. Temos que aumentar a densidade populacional nas proximidades das estações para que o investimento seja bem aproveitado”, disse. “A reocupação do centro faz parte de uma política de sustentabilidade, de convivência entre as classes sociais, de cultura de paz”, completou.