Nos próximos meses, 37% da classe C pretende comprar imóvel, revela pesquisa

SÃO PAULO – O sonho de comprar a casa própria deve se tornar realidade para milhões de brasileiros que se encontram na classe C, como mostra pesquisa realizada pelo Ibope Mídia, juntamente com o Target Group Index, e divulgada na terça-feira (5).

O levantamento mostra que 37% desse segmento da população planeja comprar um imóvel nos próximos meses. Isso representa cerca de 37 milhões de pessoas, uma vez que o Ibope calcula que aproximadamente 100 milhões de brasileiros compõem a classe C.

De acordo com a pesquisa, essa classe econômica é uma das que mais crescem no País e já representa praticamente 50% da população com renda entre R$ 600 e R$ 2.099.

Para a pesquisa, o Ibope Mídia e o Target Group Index realizaram 20 mil entrevistas.

Crédito imobiliário

Se a classe C quer comprar um imóvel, crédito não vai faltar na praça. A perspectiva é da Serasa, que prevê um aumento maior nas concessões de crédito imobiliário do que nas de crédito para consumo. 

De acordo com técnicos da Serasa, a disposição do consumidor em aumentar seus níveis de endividamento permanece elevada, devido à maior confiança e ao mercado de trabalho em momento favorável.

Com isso, as concessões de crédito imobiliário devem continuar se destacando na evolução da carteira de crédito do sistema financeiro às pessoas físicas.

Carro

O automóvel também está na lista de consumo da classe C. De acordo com o Ibope, o mercado automobilístico tem uma demanda reprimida muito alta ainda. E, por isso, o potencial de crescimento desse mercado também é muito alto.

Somente na classe C, 9,5 milhões de pessoas pretendem comprar automóvel nos próximos 12 meses, seja ele novo, seja usado.

Otimismo 

A compra do carro e do imóvel é reflexo de vários fatores como estabilidade econômica, crédito abundante no mercado por prazos longos, níveis de renda e emprego em alta. Esse cenário só eleva o otimismo dos consumidores.

Para a classe C não é diferente: o período é de otimismo. A pesquisa mostra que, para 50% desse segmento da população, 2009 foi um ano melhor que 2008. Em 2005, o número de otimistas alcançava os 40%.

Quanto às perspectivas, o otimismo também aumentou quase 10 pontos percentuais, já que 84% dos entrevistados acreditam, em 2009, que estarão em melhor situação financeira daqui a um ano. Em 2005, esse número era de 74%.

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