Imóvel: avaliar histórico na hora da compra pode evitar problemas com justiça

SÃO PAULO - Devido ao bom momento econômico do país e ao crescimento da renda da população, alguns bancos estão ampliando de 30% para até 50% o comprometimento da renda familiar para o pagamento do financiamento imobiliário.

Apesar da medida parecer uma facilidade para quem quer comprar a casa própria, ela deve ser avaliada com atenção, segundo alerta o economista da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira.

“As pessoas devem evitar ao máximo esta opção e não devem esquecer das outras despesas”, diz o economista.

O que avaliar?

Ainda de acordo com Oliveira, antes de aceitar comprometer mais que os habituais 30% da renda familiar mensal com o pagamento das prestações do financiamento imobiliário, o mutuário deve observar os seus gastos e verificar o quanto eles equivalem de sua renda mensal.

Para ele, é preferível fazer um financiamento em prazo mais longo a comprometer tanto o orçamento.

“A pessoa deve observar se o conjunto de suas despesas mensais não ultrapassam mais que 50% da renda familiar. Lembrar que há despesas com escola, impostos, entre outros. Se ainda assim, a pessoa optar pelo comprometimento maior da renda com o financiamento, o ideal é que o conjunto das despesas, incluindo o pagamento do empréstimo, fique no máximo em 90% da renda mensal, para que a pessoa tenha, ao menos, 10% de reserva para emergências”, explica.

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