Setor de móveis é o mais reclamado em delegacia do consumidor de São Paulo

SÃO PAULO – O setor de móveis é o mais reclamado no departamento da Polícia Civil de São Paulo destinado a delitos contra os consumidores.

“O que registramos mais são os problemas com móveis, que representam grande parte das reclamações”, afirmou o titular da Divisão de Infrações contra o Consumidor do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), Paulo Roberto Robles.

Ele exemplificou com um caso de uma pessoa que comprou um colchão que ficou muito grande para a cama. A loja tentou consertar, em vez de mudar, mas ficou ainda pior. “Fizemos um boletim de ocorrência, apuramos o caso e fizemos a loja trocar”, comentou.

Outros setores mais reclamados são de veículos, com problemas relacionados a conserto e mudança do velocímetro, e de telefonia em geral. Robles citou o caso de pessoas que compram um aparelho celular que logo quebra, cujo fornecedor diz que há uma peça enferrujada por conta do uso. “Eles querem tirar o corpo fora”, disse.

A delegacia

Em maio de 2009, o então governador José Serra determinou a criação do DPPC, especializado em investigações de delitos relacionados ao consumidor, à saúde pública, ao meio ambiente e às relações de trabalho, além da Fazenda Pública.

“O DPPC tem pouco mais de um ano, mas está ficando conhecido em todo o Brasil por conta das suas operações”, afirmou Robles.

Ele explicou que o consumidor pode recorrer à delegacia - que fica no piso térreo da Avenida São João, 1.247, na região central da capital paulista, e tem plantão permanente - sempre que se sentir lesado. “A pessoa deve se dirigir já levando tudo o que tiver que comprove que foi prejudicada”. Assim, será aberto um boletim de ocorrência para início das investigações policiais.

Questionado sobre a diferença da delegacia para, por exemplo, o Procon, ele disse que a primeira trata dos problemas no âmbito criminal e o segundo, no administrativo. De acordo com Robles, exatamente por isso é que as empresas se sentem mais pressionadas quando contatadas pela delegacia do que pelo Procon.

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