Fim da desoneração do IPI deve deixar materiais de construção 8% mais caros

SÃO PAULO – Quem for construir ou reformar, a partir de janeiro do ano que vem, pode gastar mais do que o planejado com material de construção.

Isso porque, segundo informações da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), se o fim da desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) for mantido, os materiais que foram beneficiados com a medida devem ficar 8% mais caros.

Desoneração

Adotada em abril de 2009, dentre uma série de medidas fiscais do governo para estimular a economia, a redução do imposto deveria valer por seis meses, mas foi prorrogada, em dezembro do ano passado, para até junho deste ano e, posteriormente, para 31 de dezembro de 2010.

Dentre os materiais beneficiados, estão o cimento e as tintas, cuja alíquota inicial era de 4% e 5% e passou para zero depois da medida.

Também tiveram as alíquotas zeradas argamassas e concretos para construção, banheiras, boxes para chuveiros, pias e lavatórios de plástico, grades e redes de aço não revestidas, para estruturas ou obras de concreto armado ou argamassa.

Corrida às lojas

Ainda de acordo com a Anamaco, além do aumento de preços no início do próximo ano, o fim da desoneração do IPI deve levar a uma corrida às lojas no final do ano.

“As pessoas estão com dinheiro no bolso e querem deixar a casa bonita para o Natal e o Ano Novo, isso incrementa as vendas (…) Os meses de novembro e dezembro serão muito impactados pela proximidade do término do benefício referente à desoneração do IPI nos materiais, previsto para encerrar dia 31 de dezembro deste ano, o que vai fazer com que tanto os consumidores como as construtoras se apressem para aproveitar os preços mais baixos”, disse o presidente da Associação, Cláudio Conz.

UOL Cursos Online

Todos os cursos