Imóveis comerciais renderam 738% desde 2000, revela novo índice
SÃO PAULO – Os imóveis comerciais brasileiros tiveram uma rentabilidade de 738% entre 2000 e 2010, segundo o IGMI-C, o Índice Geral do Mercado Imobiliário – Comercial, lançado nesta sexta-feira (11).
Desenvolvido pelo Ibre/FGV, o índice tem o objetivo de ser uma referência de rentabilidade de imóveis comerciais - escritórios, hotéis, shoppings e outros, retratando de forma abrangente a evolução da valorização dos preços e dos rendimentos do setor. Dessa forma os investidores terão mais transparência em relação à formação dos preços de compra, venda e locação.
“É a primeira vez que a FGV busca se associar com empresas de Real Estate e fundos de pensão para a formatação de um índice que irá auxiliar todo o mercado”, comentou o presidente da Colliers International Brasil, Ricardo Betancourt. A empresa irá colaborar com a atualização do índice.
Índice
O novo indicador é calculado com base em informações fornecidas por um grupo de participantes envolvendo investidores institucionais e empresas ligadas ao setor imobiliário. O índice leva em consideração a valorização do metro quadrado.
Com base em um fluxo contínuo de informações mensais dos participantes, o IGMI-C será calculado e divulgado trimestralmente. A próxima divulgação será relativa às informações do primeiro trimestre de 2011.
O indicador foi lançado em um evento na BM&FBovespa, uma vez que a entidade apoia sua criação, por considerar que ele será de grande valia para o desenvolvimento do mercado imobiliário e de capitais.
Série histórica
A série histórica desta divulgação vai de 2000 ao final de 2010. No último trimestre de 2010, a amostra contou com 190 imóveis individuais, divididos entre escritórios comerciais, shopping centers, estabelecimentos comerciais, hotéis, imóveis industriais e de logística, entre outros.
As maiores concentrações estão em escritórios comerciais (cerca de 50% do total) e shopping centers (cerca de 25% do total). Do ponto de vista regional, todos os estados do País estão representados, mas as maiores concentrações estão em São Paulo (cerca de 37% do total) e Rio de Janeiro (cerca de 26% do total).
O IGMI-C está aberto para novos participantes e, com isso, acredita-se que a quantidade e a qualidade de informações deverão crescer ao longo do tempo.