Número de ações locatícias recua 11% em março em São Paulo

SÃO PAULO – O número de ações locatícias na cidade de São Paulo caiu 10,95% no mês de março, na comparação com fevereiro.

De acordo com levantamento realizado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e divulgado na quarta-feira (4), em março deste ano foram registradas 1.635 ocorrências, contra 1.836 verificadas no mês anterior.

"Como os processos por falta de pagamento estão muito mais rápidos, os locatários estão preferindo fechar acordos extrajudiciais para quitação de dívidas a enfrentar um despejo nas semanas seguintes”, avaliou o diretor de Legislação do Inquilinato do Secovi-SP, Jaques Bushatsky, referindo-se à nova Lei do Inquilinato, apontada como principal responsável pela queda.

Na comparação com março do ano passado, quando foram registradas 2.546 ações, houve queda de 35,78%. O primeiro trimestre do ano já acumula 4.637 ações nos fóruns paulistanos analisados. Nos três primeiros meses do ano passado, foram registradas 5.576 ações, o que corresponde a uma queda de 16,84%.

Ocorrências
Considerando todos os tipos de ocorrências em março, a pesquisa indica que a maior parte delas dizia respeito às ações por falta de pagamento de aluguel, que representaram 76,64% do total ou 1.253 casos.

As ações de procedimento ordinário, que incluem denúncia vazia, chegaram a 272, representando 16,6% do total, enquanto que as renovatórias (aquelas geradas pelo locatário para garantir a permanência no imóvel) tiveram 87 ações (5,3%) e as ações consignatórias (propostas quando há discordância de valores de aluguéis ou encargos) registraram 23 ocorrências ou 1,4% do total.

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