SÃO PAULO – O número de ações locatícias na cidade de São Paulo subiu 2,45% em abril, na comparação com março. Apesar da alta, para um mês de abril, o nível alcançado é o menor desde 1993.

De acordo com levantamento realizado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e divulgado nesta sexta-feira (3), em abril deste ano, foram registradas 1.675 ocorrências, contra 1.635 verificadas no mês anterior. 

"Trata-se do menor número para um mês de abril desde o início do acompanhamento, em 1993 ”, afirmou em nota o gerente do Departamento de Economia e Estatística do Sindicato, Roberto Akazawa. 

Acumulado do ano
Na comparação com abril do ano passado, quando foram registradas 1.866 ações, houve queda de 10,24%. O primeiro quadrimestre do ano já acumula 6.312 ações nos fóruns paulistanos analisados. Nos quatro primeiros meses do ano passado, foram registradas 7.442 ações, o que corresponde a uma queda de 15,18%.

"As estatísticas têm registrado redução ao longo do tempo, em função da estabilidade econômica e da revisão da Lei do Inquilinato, ocorrida no final de 2009", disse Akazawa. "Se as condições da conjuntura econômica continuarem estáveis, a tendência é de manutenção dessa redução". 

Ocorrências
Considerando todos os tipos de ocorrências em abril, a pesquisa indica que a maior parte delas dizia respeito às ações por falta de pagamento de aluguel, que representaram 80,12% do total ou 1.342 casos.

As ações de procedimento ordinário, que incluem denúncia vazia, chegaram a 241, representando 14,39% do total, enquanto que as renovatórias (aquelas geradas pelo locatário para garantir a permanência no imóvel) tiveram 77 registros (4,6%) e as ações consignatórias (propostas quando há discordância de valores de aluguéis ou encargos) registraram 15 ocorrências ou 0,9% do total.