SÃO PAULO – O prazo de transição para novo modelo de plugues e tomadas elétricas, que devem seguir novo padrão nacional, foi assunto de audiência pública realizada na terça-feira (7) na Câmara.

A partir do dia 1° de julho, plugues de aparelhos eletrônicos e tomadas só poderão ser comercializados segundo as novas normas nacionais, que estabelece o modelo de três pinos desenvolvido pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Divulgação da medida
No entanto, o prazo foi motivo de discórdia na audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, já que, segundo o deputado Sandro Alex (PPS-PR), houve pouca divulgação da medida.

Alex argumentou que, até 1º de julho, faltam menos de 20 dias para que toda a nova regra entre em vigor. Em sua avaliação, a maioria absoluta da população nem ao menos tem conhecimento sobre esse assunto.

Adaptadores irregulares
Já que a adaptação do novo padrão de tomadas custa cara para as famílias, diz o deputado, o que acaba acontecendo na prática é a utilização de adaptadores irregulares e benjamins, que continua expondo o cidadão a riscos de choques, incêndio e outros acidentes.

Defendendo a medida, o diretor do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), Alfredo Lobo, alega que a implantação do novo modelo de tomadas custa menos de R$ 30 por família, em média. Além disso, o objetivo da troca é de promover segurança aos próprios moradores.

"O número de acidentes provocados por curto-circuito, por choques elétricos, era bastante significativo com a falta de padronização. E esse, portanto, foi o fato gerador, foi o que nos levou a padronizar com exigências de segurança mais rigorosas", pondera Lobo.

Multas
Quem continuar vendendo tomadas e eletroeletrônicos com o modelo antigo de plugues poderá receber multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão. Segundo o Inmetro, 80% dos aparelhos existentes podem ser ligados na nova tomada, sem necessidade de adaptação.