Metade das residências brasileiras ainda usa lâmpadas incandescentes
São Paulo – Mesmo após dez anos da entrada das lâmpadas fluorescentes no mercado brasileiro, 50% das residências brasileiras ainda resistem ao uso desse tipo de iluminação. De acordo com o diretor da Divisão de LED da Lâmpadas Golden, Ricardo Cricci, as lâmpadas incandescentes estão contribuindo para mudar o comportamento do consumidor.
Segundo ele, o preço elevado e a vasta oferta de produtos sem certificação técnica que assolaram o mercado nos primeiros anos contribuíram para acentuar a resistência do consumidor frente à nova tecnologia. "A ausência de uma legislação específica fez com que o mercado fosse invadido por produtos de péssima qualidade, surgindo um preconceito contra a lâmpada compacta, em função da concorrência com aquelas sem qualidade lumínica, vida curta e ausência de garantia", explica.
Segundo Cricci, o mercado de lâmpadas fluorescentes cresce cerca de 20% ao ano. "Um índice muito pequeno, quando comparado ao tamanho do mercado, visto que a lâmpada incandescente ainda deve ser responsável por aproximadamente 50% da iluminação residencial no Brasil", explica.
De acordo com a Lâmpadas Golden, dados técnicos do Ministério das Minas de Energia afirmam que a substituição das lâmpadas incandescentes pela fluorescentes geraria uma economia de 10 milhões MWh/ano até 2030.
Para Cricci, o consumo médio de energia elétrica utilizada pela iluminação tende a diminuir nos lares brasileiros, pela evolução da tecnologia das fontes de luz. "Enquanto existe um potencial de elevação do consumo de energia elétrica relacionado ao aumento da posse e do uso da vasta gama de equipamentos eletrodomésticos, a oferta de produtos mais eficientes e com tecnologia mais moderna na área de iluminação tende a contribuir para a economia de energia elétrica", afirma.
Economia
A tendência de consumo, segundo a empresa, aponta favoravelmente para as fontes eficientes, com baixo índice de metais pesados, de longa duração e de IRC (Índice de Reprodução de Cor) elevado. Com vida útil que pode chegar a 25 mil horas e baixo consumo de energia, a lâmpada fluorescente pode ser uma aliada na economia de energia.
Segundo Cricci, daqui quatro anos os investimentos na tecnologia de lâmpadas LED devem representar 50% do consumo total de lâmpada no país. Ele afirma que "esta tendência tem motivado a diversificação da oferta de produtos ligados ao mercado sustentável, forçando uma verdadeira revolução no portfólio de fabricantes de lâmpadas".